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O que há para se saber da Dias Branco (MDIA3) é sobre seus estoques de trigo em temporada global menor
A probabilidade de menor oferta mundial de trigo poderá ser vista como limitadora dos papéis das companhias do setor
A XP Investimentos saiu das reuniões com os executivos da M. Bias Branco (MDIA3) otimista com a condução dos negócios com os farináceos, mas não abordou no comunicado as condições das reservas de trigo da companhia.
E isso tem peso considerável, tanto que na razão dos bons resultados do primeiro semestre foi destacado as baixas de preços internacionais da principal matéria-prima, apesar das ação estar transitando em queda de 12% nos últimos 30 dias e, nesta segunda (18), amarga menos 0,05%, a R$ 38,55, ao redor das .
Agora, neste semestre, o mercado global se encaminha para uma redução da oferta, de modo que seria razoável saber do perfil dos estoques, mesmo que a companhia cearense tenha omitido os dados por razões estratégicas.
Fica o entendimento, dos analistas, de que a líder em vários segmentos de biscoitos e massas ainda tem meios para carrego de preços na ponta, mas não esclarecem se sobre as futuras aquisições de trigo ou ainda sobre o que foi importado nos primeiros meses do ano – e, nesse segundo caso, mesmo com a commodity mais barata a M. Dias Branco não tenha repassado tudo.
De certo, pelos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), haverá um encolhimento da oferta mundial, a partir de várias origens produtoras, como Canadá e Austrália, enquanto a americana não sofreu tanto quanto a soja e o milho nesta temporada do cereal de primavera.
No relatório de setembro, os EUA mantêm pouco mais de 44 milhões de toneladas e 15,7 milhões de estoques, pouco acima.
Mesmo a Argentina, mais otimista, não passaria de 16 milhões de toneladas, enquanto o Brasil ficaria com as mesmas 10,3 milhões de toneladas para 23/24.
Na régua, o USDA tirou quase 5 milhões do que o mundo colherá, para 787,3 milhões de toneladas. E estoques com cerca de 8 milhões/t a menos, devendo ficar em 258,6 milhões/t.
Pode não parecer muito – sobretudo o número de produção -, mas é suficiente para fazer o trigo voltar a subir a médio prazo na bolsa de Chicago, ainda mais contando com o cenário da Ucrânia podendo piorar ainda mais suas entregas já severamente comprometidas.
Por enquanto, o cenário mundial de demanda está acomodado, não dando sustentação a viés de pressão, e o trigo cede mais um pouco hoje (2,12%, US$ 5,91, para dezembro), estando longe dos picos de US$ 7 o bushel de julho, quando do aumento das tensões com a Rússia.
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