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Economia

O que o Brasil tem a ganhar ao vencer a Copa do Mundo 2022? PIB maior

Além da sexta estrela no peito, vitória em uma competição como essa tem efeitos econômicos positivos, é o que diz estudo de universidade

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Tempo de Copa do Mundo é sempre o momento de torcer para que a Seleção Brasileira traga mais um título para casa. Mas mesmo aqueles que não gostam de futebol têm motivos para querer que isso aconteça. Se não pelo esporte, ao menos pela economia. Ainda mais em um momento delicado, com previsão de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) neste segundo semestre de 2022. Ainda não entendeu? É que um estudo da Universidade de Surrey, no Reino Unido, chegou à conclusão de que vencer a Copa do Mundo da Fifa tem reflexos positivos no PIB do país.

O pesquisador e economista Marco Mello constatou que o título promove o aumento do PIB em pelo menos 0,25 ponto percentual nos dois trimestres consecutivos à conquista. Como isso ocorre? De forma relativamente simples. Conforme explica o estudioso, o resultado tem relação direta com o incremento nas exportações. Foi exatamente o que ocorreu no Brasil após o pentacampeonato de 2022. Dessa forma, o levantamento levou em conta as últimas seis copas (1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018).

Por outro lado, a pesquisa frustra as expectativas de quem espera que a economia do país anfitrião apresente alguma evolução. Afinal, é previsível que quem investe deve ter algum retorno. Porém, um estudo de 2006 atestou que o ganho só é confirmado quando o país anfitrião também é o campeão, casos de Inglaterra (1966), Alemanha (1974), Argentina (1978) e França (1998). Em outras palavras, o Brasil, que só pôde comemorar o fato de sediar a Copa do Mundo em 2014, não colheu qualquer fruto econômico. E ainda saiu com a vergonhosa derrota por 7×1 para a Alemanha.

O trabalho de Mello compara os países que venceram o torneio com um grupo que não conseguiu a taça. Além disso, tenta calcular como seria o comportamento do mesmo país se as coisas tivessem sido diferentes. Ou seja, se não tivesse faturado a Copa do Mundo. De qualquer maneira, o primeiro semestre imediatamente seguinte ao título é que apresenta melhor desempenho. Os melhores saldos foram apresentados por França (0,382 e 0,348 ponto percentual em 1998 e 2018), Itália (0,362), Brasil (0,350) e Alemanha (0,263).

A única exceção à regra é a Espanha de 2010, que teve contração do PIB após vencer a Copa do Mundo pela primeira vez. O momento econômico, porém, ainda bastante próximo à eclosão da crise econômica que se seguiu a 2008, teve influência. Tanto que o mesmo se deu com diversos outros países europeus. Nesta quinta (1º), haverá a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do PIB do Brasil no terceiro trimestre. O crescimento deve ficar bem abaixo de 1%, o que deverá contribuir para um índice praticamente estável no início de 2023. Sem dúvidas, o incremento de 0,25% em dois trimestres seguidos poderia ajudar a virar o jogo.

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