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Moedas

O que significam as bordas das moedas? Entenda os diferentes formatos e funções

Você sabia que as bordas das moedas têm função de segurança e podem indicar raridade? Veja o que observar antes de vender.

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Elas passam pelas nossas mãos quase sem serem notadas. Estão no fundo das bolsas, no porta-luvas do carro ou esquecidas em potes de vidro sobre a geladeira. Mesmo em tempos de Pix e cartão por aproximação, as moedas ainda fazem parte do cotidiano. E, se pararmos para observá-las com calma, revelam detalhes surpreendentes.

Além do valor impresso, há uma riqueza escondida em seu design. O peso, o relevo e até o som que produzem ao cair no chão trazem pistas sobre sua origem. Entre esses detalhes, um dos mais curiosos está justamente nas bordas.

Por que algumas têm ranhuras e outras não? Há modelos lisos, ondulados, mais espessos ou fininhos — e até aqueles que misturam diferentes estilos de cunhagem. A resposta está na história do dinheiro e nas estratégias criadas para protegê-lo.

Bordas que denunciam fraudes e contam histórias

As bordas das moedas não são apenas estética. (Foto: Rafael/Imagens de Rafael Carvalho)

Quando as moedas eram feitas com metais preciosos, como ouro e prata, não era raro que pessoas raspassem as bordas para retirar pequenas quantidades e lucrar com isso. A prática era discreta, mas comum o suficiente para exigir uma solução.

Foi aí que surgiram as bordas serrilhadas. Elas funcionavam como um “alarme visual”: se a peça fosse alterada, a diferença ficava evidente. Com o tempo, essa técnica tornou-se padrão e passou a ser usada também como ferramenta de acessibilidade — ajudando pessoas com deficiência visual a identificar o valor da moeda apenas pelo toque.

Além disso, cada país adota critérios próprios para esse tipo de design. No Brasil, o formato da borda leva em conta o valor facial, a circulação prevista e o risco de falsificação. É uma camada de segurança que também carrega valor histórico e simbólico.

Como vender moedas raras

Por esses e outros fatores, moedas antigas ou com bordas incomuns podem se tornar verdadeiras relíquias. Muitas vezes, um erro de cunhagem ou uma característica rara aumenta consideravelmente o valor de mercado para colecionadores.

Se você tem algumas guardadas, vale a pena pesquisar. Plataformas como sites de leilão, grupos especializados e eventos de numismática são ótimos pontos de partida para quem deseja vender. Boas fotos, descrição detalhada e informações sobre o ano, material e condição da peça ajudam a aumentar as chances de venda.

No fim das contas, aquela moedinha esquecida pode ter uma história — e um valor — que vai muito além do que mostra no verso. Para quem observa com atenção, cada detalhe pode revelar um capítulo da história do dinheiro no Brasil e no mundo.

*Com informações do Portal 6.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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