Oi: Justiça dos EUA defere plano de recuperação judicial

A Oi (OIBR3; OIBR4) teve seu plano de recuperação aprovado nos Estados Unidos, com a decisão favorável da Corte de Falência do Distrito Sul de Nova York. O processo foi deferido sob o Chapter 15, que trata de empresas devedoras operando em território norte-americano. A decisão abrange subsidiárias da Oi, como a Portugal Telecom Finance BV e a Oi Brasil Holdings Coöperatief.

Anteriormente aprovado pelos credores em assembleia geral realizada em abril e homologado pelo Juízo da Recuperação Judicial em maio, o plano agora pode seguir com suas etapas para conclusão, conforme autorização da Corte de Falência dos EUA.

Além disso, a decisão dispensa a necessidade de oferta e venda de valores mobiliários nos Estados Unidos, que seriam requeridos no contexto da recuperação, proporcionando um ambiente mais favorável e eficiente para a implementação das medidas previstas no plano de recuperação.

Oi (OIBR3; OIBR4)

Vale lembrar que no primeiro trimestre de 2024 a tele registrou um prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões, comparado a R$ 1,2 bilhão no mesmo período do ano anterior, com um aprofundamento do resultado negativo.

O resultado financeiro líquido do trimestre totalizou despesas de R$ 2,4 bilhões, impulsionadas principalmente pela dinâmica da variação cambial, refletindo uma desvalorização do real frente ao dólar de 3,20% no 1TRI24, enquanto houve valorização de 3,32% no 4TRI23 e de 2,63% no 1TRI23 em comparação trimestral e anual, respectivamente.

A companhia

A companhia é uma das principais empresas de telecomunicações do Brasil, conhecida por oferecer serviços de telefonia móvel, fixa, internet banda larga e televisão por assinatura. Fundada em 1998, a empresa tem sede no Rio de Janeiro e operações em todo o território nacional.

Ao longo dos anos, a Oi expandiu sua atuação para se tornar uma das maiores operadoras integradas do país, atendendo tanto o mercado residencial quanto corporativo. Além dos serviços tradicionais, a Oi também oferece soluções de TI para empresas e serviços de dados.

No entanto, a empresa enfrentou desafios significativos, como altos níveis de endividamento e a necessidade de se adaptar a um mercado de telecomunicações cada vez mais competitivo e dinâmico. Em 2016, a Oi entrou com um pedido de recuperação judicial, um dos maiores da história do Brasil na época, buscando reestruturar suas dívidas e garantir a continuidade de suas operações.