Empresas
Oi reverte prejuízo e tem lucro no 2TRI24
Companhia atua em telecomunicações.
A Oi (OIBR3; OIBR4), atualmente em recuperação judicial, reportou um lucro líquido de R$ 15 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 845 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Essa recuperação significativa se deve à aprovação do plano de recuperação judicial da empresa em abril, que possibilitou a redução de sua dívida em cerca de 70% por meio de descontos, parcelamentos e conversão de dívidas em ações. Esse processo gerou um ganho contábil de R$ 14,7 bilhões para a companhia, que se refletiu na linha do resultado financeiro, com um saldo positivo de R$ 15,6 bilhões.
No entanto, outros indicadores financeiros e operacionais ainda mostram desafios para a Oi. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 318 milhões no segundo trimestre, contrastando com um valor positivo de R$ 42 milhões no mesmo período do ano passado. Excluindo itens não recorrentes, o Ebitda de ‘rotina’ também foi negativo, em R$ 83 milhões, em comparação com R$ 133 milhões positivos no ano anterior. A companhia enfrentou um impacto negativo de R$ 234 milhões devido a um acordo de não litígio com a V.tal.
(OIBR3; OIBR4)
A receita líquida consolidada caiu para R$ 2,1 bilhões, uma redução de 12,6%, afetada por uma queda de 23,1% nas receitas não estratégicas, como telefonia fixa e TV por satélite. As receitas das áreas estratégicas também diminuíram: a receita do segmento de conectividade e TI para empresas (Oi Soluções) caiu 23%, para R$ 449 milhões, enquanto a receita da divisão de banda larga (Oi Fibra) teve uma leve queda de 0,9%, totalizando R$ 1,094 bilhão.
Os custos e despesas operacionais reduziram-se em 4%, totalizando R$ 2,2 bilhões, devido a medidas de reestruturação que incluíram redução de pessoal e cortes em despesas de manutenção de rede.
A Oi informou um consumo de caixa de R$ 226 milhões no trimestre e investimentos de R$ 137 milhões. Com a aprovação do plano de recuperação, a empresa encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma dívida líquida de R$ 6,6 bilhões, o que representa uma redução de 74% em relação ao ano anterior.
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