Onda de frio: Entenda como a relação entre economia e clima afeta seu bolso

O frio que chegou ao Brasil em julho e se arrasta por agosto vem gerando impactos que vão desde tirar a blusa de frio do armário até o aumento nos preços dos produtos. No dia 9 de agosto, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório com previsões alarmantes sobre o futuro climático do planeta.

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As alterações climáticas causam efeitos de curto e longo prazo que atingem diretamente a economia, o que traz consequências para a vida de bilhões de pessoas.

Na década de 1960, o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que até as mudanças mais simples no clima podem gerar grandes impactos no futuro. De acordo com ele, era como se “o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas”.

O chamado “efeito borboleta” vem da ideia de que algo aparentemente simples pode causar uma consequência profunda. E isso é verdade quando o assunto é o clima.

Preços mais altos

Um bom exemplo de como o clima influencia a economia está sendo observado agora, durante a onda de frio que atingiu o Brasil em julho e agosto. Produtores das mais diversas culturas sofreram grandes perdas com a queda nas temperaturas, o que vai reduzir a quantidade e a qualidade dos produtos colhidos na próxima safra.

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Com essa expectativa de menor oferta e demanda igual, o preço desses itens sobe. Além disso, a reação é em cadeia: se o preço do milho aumenta, o produtor gasta mais com ração e também precisa elevar o preço da carne.

Aumento no consumo de alguns produtos

Outro efeito das mudanças de temperatura pode ser observado no produto que as pessoas vão consumir. No verão de 2019, o calor intenso no Rio de Janeiro aumentou significativamente o consumo de sorvetes, já que a sensação térmica chegava aos 50ºC em algumas regiões.

Para lidar com a demanda, empresas precisaram dobrar a compra de alguns frutas, investir em veículos para entrega e aumentar sua carga horária. Isso significa que uma mudança de temperatura é capaz de alterar toda uma cadeira produtiva.

Ou seja, a relação do clima com a economia é delicada, por isso deve ser acompanhada de perto e administrada com as medidas necessárias para não causar prejuízos.