Commodities
Otimismo em relação à economia chinesa ‘aquece’ cotações do minério de ferro
Enquanto commodity subiu 0,43% na bolsa de Dalian (China), em Singapura, alta foi de 0,6%
A volta do otimismo dos investidores, alimentado por novos estímulos fiscais à economia chinesa pelo governo, garantiu a segunda semana seguida de alta ao minério de ferro, ainda que os ganhos tenham se reduzido, na sessão desta sexta-feira (3), devido ao temor de que Pequim estaria preparando uma nova intervenção no setor.
Como reflexo dessas variáveis, a commodity mais negociada para janeiro próximo na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China) fechou as negociações, com avanço de 0,43% a 924,5 iuanes ou US$ 126,38 a tonelada, o que corresponde a uma elevação acumulada de 2,7%. Já o similar para dezembro na bolsa de Singapura cresceu modestos 0,6%, sendo negociado a US$ 122,5 a tonelada.
Ao mesmo tempo, no mercado chinês, segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro fechou a semana com valorização de US$ 0,20 a US$ 126,80 a tonelada, que corresponde à sexta alta seguida. Com esse resultado, a modalidade acumula alta de 2,96% no mês e de 8% no ano, patamar atrativo para as mineradoras de ferro globais, como: Vale, Rio Tinto, BHP, Fortescue, Anglo American e CSN Mineração.
Em sequência ao anúncio conjunto, pelo governo mandarim, na semana passada – de emissão de 1 trilhão de iuanes, em títulos soberanos, além da aprovação de um projeto de lei que permite aos governos locais antecipar parte de suas cotas de títulos do ano que vem, a fim de estimular a economia – os ‘formuladores’ da política local sinalizaram que Pequim pretende ‘se esforçar’ pela redução de riscos da dívida local, assim como tomar medidas que favoreçam o financiamento a imobiliárias de todos os portes.
Outro dado que reforça o momento favorável da commodity diz respeito à produção média diária de metal quente das siderúrgicas chinesas, que se manteve acima do patamar de 2,4 milhões de toneladas, nessa sexta-feira (3), apesar de uma queda semanal acumulada de 0,55%, conforme dados da consultoria Mysteel, o que indicaria demanda consistente no curto prazo.
A reação positiva do insumo siderúrgico acompanha o crescimento da demanda por matérias-primas e por insumos minerais no mercado chinês, a reboque de indicadores positivos vindos dos setores de consumo de aço e imobiliário.
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