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Otimismo renovado e corte de produção de aço adiado turbinam preços do minério
Enquanto commodity valorizou 3,7% na bolsa de Dalian, na bolsa de Singapura, alta foi de 2,1%
Um renovado otimismo do mercado com relação ao crescimento da demanda pela China – maior produtora de aço do planeta – reforçado pela falta de ‘clareza’ do governo de Pequim em relação aos cortes de produção pelas siderúrgicas locais, impulsionaram as cotações dos contratos futuros de minério de ferro, na sessão desta quarta-feira (23).
A combinação de tais fatores serviu para ‘sustentar’ os preços do insumo siderúrgico com vencimento em janeiro próximo, que subiu 3,7% a 817 iuanes ou US$ 112,13 por tonelada, na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian – acumulando ganhos de 14% no rali das últimas dez sessões. Já na bolsa de Singapura, a commodity para setembro próximo cresceu 2,1% a US$ 112,95 por tonelada, depois de chegar a US$ 113,90, seu maior patamar, desde 26 de julho.
No mesmo viés, tiveram valorização ingredientes siderúrgicos, como o carvão metalúrgico e o coque na bolsa de Dalian, com altas de 4,1% e 2,9%, respectivamente. Ao mesmo tempo, a redução expressiva de oferta de sucata de aço e os baixos estoques contribuíram para manter os preços do minério de ferro.
De maneira geral, analistas apontam que a estratégia das autoridades chinesas, no sentido de apoiar a recuperação econômica do país, teve impacto positivo em todo o mercado ferroso. Em nota, estrategistas do banco de investimentos ANZ acentuam “o mercado também é impulsionado pela ausência de diretivas governamentais para cortar a produção de aço”.
De janeiro a julho deste ano, a China produziu 626,51 milhões de toneladas de aço bruto, o que correspondeu a um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2022.
Endossando o viés altista do derivado, a consultoria Mysteel indica o crescimento da demanda, uma vez que as vendas diárias de produtos de aço para construção atingiram 173,3 mil toneladas em 22 de agosto, o equivalente a uma elevação de 16%, ante o mesmo dia de julho. “Os players de mercado chineses esperam uma demanda interna sólida, em setembro”, acrescentou a Mysteel.
Na perspectiva, projetos de construção civil na China, em geral, são reiniciados após o pico de calor e viagens de verão em agosto, embora não tenha se concretizado a retomada da atividade, prevista para o segundo trimestre deste ano (2T23).
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