País abre mais de 1,331 milhão de empresas no primeiro quadrimestre (1Q23)

De janeiro a abril deste ano (1Q23) foram abertas no país 1,331.940 empresas – 93,7% de microempresas ou empresas de pequeno porte – o que representa um volume 21,8% superior ao quadrimestre anterior (3Q22), mas 1,6% inferior ao mesmo período de 2022 (1Q22), aponta o estudo “Mapa de Empresas”, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), ao observar que no 1Q23 foram encerrados 736.977 empreendimentos, resultando em um saldo positivo de 594.963 empresas.

Entre os estados, São Paulo, mais rico da federação, foi o responsável pelo maior número de empresas abertas no primeiro quadrimestre do ano (1Q23), seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Goiás. Segundo o levantamento da pasta, “juntos, estes estados concentram 75% das empresas brasileiras”

“Em termos de crescimento percentual, porém, os estados que mais avançaram sobre o quadrimestre anterior e último de 2022, foram Tocantins (34,8%), Mato Grosso (32,9%), Rondônia (29,9%), Paraná (28,2%) e Roraima (27,1%)”, informa o Mapa de Empresas.

Considerando comércio e serviços, tais setores responderam por 83,8% das empresas abertas de janeiro a abril deste ano. Isoladamente, os serviços foram responsáveis por 59,5% do total geral. Tal desempenho foi ‘puxado’ por atividades, como promoção de vendas; comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; preparação de documentos e serviços de apoio administrativo; cabeleireiros, manicure e pedicure; e obras de alvenaria.

Segundo análise do estudo do MDIC, “a liderança de tais atividades se relaciona ao fato de 80,4% dos registros serem de MEIs [microempreendedoras individuais]. No primeiro quadrimestre, foram abertas 1.070.506 empresas nesse espectro, aumento de 25,4% em relação ao quadrimestre anterior e queda de 3,1% sobre igual período de 2022”,

Ao revelar que o país hoje possui 21 milhões de CNPJs ativos, o estudo do MDIC mostra que o tempo médio para abertura de uma empresa no primeiro quarto deste ano foi, em média, de 30 horas – redução de dez horas em relação ao mesmo período de 2022.

Sergipe foi o estado ‘mais rápido’ para conclusão do registro de uma empresa, cerca de sete horas, enquanto no mais lento, São Paulo, esse serviço demandaria dois dias e duas horas, ou cerca de 50 horas.

Para a diretora do Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei/MDIC), Amanda Souto, a ‘conquista’ no país, de um tempo médio de um dia mostra a “assertividade das medidas de simplificação para abertura de novas empresas”, adotadas pelo governo federal e pelos estados”.

“Com o avanço da padronização de procedimentos e fluxo nas 27 unidades federativas, esse indicador tende a cair ainda mais, além de refletir o avanço da digitalização e automatização dos procedimentos necessários para formalizar novos negócios”, completa Amanda.