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Commodities

Países indagam se Opep continuará com cortes de oferta de petróleo em 2021, dizem fontes

Esforços visam reequilibrar o mercado em meio à fraca demanda por combustível.

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Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), os Emirados Árabes Unidos e o Kuweit estão discutindo junto ao Iraque se devem prorrogar para 2021 os cortes de produção em vigor atualmente, já que têm enfrentado dificuldades para cumprir com as promessas feitas no acordo do grupo, disseram fontes ligadas ao setor.

Em meio aos questionamentos dos país produtores, a Opep pode realizar uma revisão das metas de bombeamento quando se reunir em novembro para decidir sua política de produção. Na ocasião, o grupo também pode criar novas tensões na chamada Opep+, grupo que inclui ainda países aliados, complicando os esforços para reequilibrar o mercado em meio à fraca demanda por combustível.

Tradicionalmente, os Emirados Árabes e o Kuweit ficam ao lado da Arábia Saudita, mas ambos estão se sentindo pressionados pelas políticas restritivas em 2021, pois acreditam que os cortes de produção acordados são grandes demais para serem feitos, ainda segundo as fontes.

A Arábia Saudita, líder da Opep, e a Rússia, que não integra a organização, apoiam a manutenção no ano que vem dos cortes atuais de produção de petróleo, de cerca de 7,7 milhões de barris por dia (bpd), ao invés de relaxa-los em 2 milhões de bpd a partir de janeiro, acrescentaram fontes da Opep.

“Os países estão sendo sufocados por esses cortes, é muito difícil continuar com eles também no próximo ano”, disse uma das fontes.

Os Emirados Árabes Unidos consideram difícil continuar com as reduções de oferta devido a acordos com petroleiras internacionais e porque o nível base utilizado para os cortes é muito baixo frente à capacidade de produção do país, disserem fontes da Opep e da indústria.

Mas os Emirados Árabes e Kuweit afirmaram em negociações recentes da Opep+ que não temem uma retomada sustentada na produção da Líbia no curto prazo, segundo outras fontes, o que facilitará o aumento de bombeamento por outros membros da Opep, seguindo plano.

Dados da Opep mostram que os os Emirados Árabes estão cortando sua produção potencial em cerca de 33%, ao passou que o Kuweit reduziu sua capacidade produtiva em cerca de 26%.

O Iraque, segundo maior produtor da Opep, se comprometeu a reduzir sua produção em 850 mil bpd e também falou recentemente sobre a possibilidade de ficar isento das restrições em 2021.

Citando a crise financeira do país e riscos de colapso da economia do Iraque, um representante do país que participa de reuniões da Opep argumentou que “todos membros da Opep precisam entender a situação crítica do Iraque…quando forem discutir um novo acordo para prorrogação dos cortes”.

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