Economia
Em coro com Haddad, Campos Neto faz ‘defesa resoluta’ de déficit primário zero em 2024
Para o presidente do BC, bandeira da Fazenda envolve um ‘jogo de credibilidade’ do país
Objeto de controvérsia e desconfiança no mercado, além de motivo para troca de ‘fogo amigo’ entre o mandatário e seu subordinado no governo (o ministro da Fazenda, Fernando Haddad), a meta de déficit zero, agora vista como factível, em razão do recuo da inflação, mereceu uma defesa ‘resoluta’ do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Em sua ‘profissão de fé’ em favor do equilíbrio fiscal – durante participação no evento intitulado “E agora Brasil?” – o ‘xerife do real’ sentenciou: “É um jogo de credibilidade”, ao alertar que, uma vez aprovado o projeto do arcabouço fiscal, patrocinado pela atual gestão do Planalto, os gastos do país deverão superar a média dos países emergentes.
Nesse contexto, Campos Neto acentuou que a ‘perda de credibilidade do país’, em razão da mudança da meta de resultado primário, pode ser maior do que a ganho fiscal decorrente dessa flexibilização.
Ao confessar estar se “juntando ao coro do Ministério da Fazenda” – na questão do déficit zero – o dirigente da autoridade monetária comentou que “o que a gente entende, olhando o que está sendo discutido hoje, (…) é que 0,25% (do Produto Interno Bruto) são 20 e poucos bilhões de reais. Se o problema são vinte e poucos bilhões de reais, talvez a perda de credibilidade, o custo de credibilidade que essa mudança gera seja muito maior do que esse valor inicial”.
A polêmica envolvendo o déficit primário zero em 2024 ganhou volume, devido à dificuldade de o Executivo encontrar receitas que viabilizassem a meta zero, levou alas do governo e sua base de apoio no Congresso a sustentar a tese de que o déficit deveria ficar no intervalo entre 0,25% ou 0,50% do PIB para o próximo ano.
Essa perspectiva, porém, foi alterada nos últimos dias, em que membros do governo voltaram a enfatizar a necessidade de atingir a meta de déficit zero no ano que vem, mas sem especificar quais seriam as medidas que implicariam aumento da arrecadação.
Embora admita que o governo esteja ‘se esforçando’ em mostrar que existe possibilidade de obtenção de receitas, por meio da correção de distorções, Campos Neto explicou que o BC tem ‘indicado’ que a taxa básica de juros (Selic) deve continuar no ‘campo restritivo’ (leia-se, ainda em patamares elevados, como os atuais), mas ressalvando que a instituição não poderia ‘desenhar’ a trajetória (descendente) da Selic, devido ao ‘ambiente de incerteza’.

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