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Economia

Para ‘salvar’ poupança, bancos querem ampliar cobertura do FGC

Teto de R$ 250 mil do Fundo Garantidor de Crédito passaria a contemplar Pessoas Físicas

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A ampliação da cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), de R$ 250 mil por instituição a cada quatro anos, para igual valor por CPF, pelo mesmo período. Esta é uma das propostas em estudo por grandes bancos, visando incentivar a retomada de depósitos nas cadernetas de poupança pelo público, diante da queda dos financiamentos imobiliários e da subida dos juros, vide Selic (taxa básica de juros) a 13,25% ao ano.

A medida teria por finalidade proteger correntistas e investidores, caso suas aplicações fiquem indisponíveis por eventuais problemas das instituições financeiras. Dessa forma, a cobertura se estenderia a perdas de R$ 250 mil, tendo em vista ‘socorrer’ saldos em conta corrente, aplicações em poupança, letras de câmbio, além de instrumentos como CDB, RDB, LCA, LCI.

Principal fonte de recursos para o crédito habitacional, as cadernetas têm sido alvo de uma ‘sangria’ crescente de saques nos últimos dois anos, que superam em muito os depósitos. Tal desequilíbrio tem sido provocado, sobretudo, pelo prolongado aperto monetário do Banco Central (BC), apontado como um dos fatores da elevação do nível de endividamento das famílias.

Para analistas, a perda de atratividade das cadernetas também estaria associada à migração de recursos para aplicações de bancos pequenos e médios, que proporcionam rentabilidade muito acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), além da vantagem da redução de risco garantida pelo FGC.

Caso houvesse uma distribuição mais ‘proporcional’ do limite de cobertura do FGC entre as instituições, essa medida poderia contribuir para que os recursos fossem redirecionados a aplicações dos chamados ‘bancões’, aí incluída a poupança.

Embora seja maior a probabilidade de que uma eventual migração de recursos se destine, mais para uma remuneração melhor, do que para um banco maior, instituições de maior porte veem a proposta com simpatia.

Plano de fundo – Na verdade, o plano de fundo dessa discussão são os financiamentos imobiliários, cujo montante vem minguando, desde o recorde 2021, de R$ 205 bilhões, quando caiu para R$ 179 bilhões no ano passado e tem previsão de descer ainda mais, para R$ 155 bilhões, no final de 2023. O entendimento predominante é de que tais financiamentos só voltarão a crescer, mediante a recuperação da poupança, que já perdeu R$ 173 bilhões, desde o início de 2022.

Pelas regras do BC, em vigor, 65% dos recursos da poupança são direcionados aos financiamentos imobiliários, 20% servem como colchão de liquidez (na forma de depósitos compulsórios) e os 15% restantes são de uso livre pelas instituições.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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