Ações, Units e ETF's
‘Paralisia’ ianque e ‘fragilidade’ chinesa ‘derrubam’ bolsas asiáticas
Enquanto o nipônico Nikkei recuou 1,11%, Kospi sul-coreano baixou 1,48% e Xangai Composto caiu 0,43%
A receita ‘indigesta’ de iminente paralisação do governo dos EUA, com a reiterada fragilidade econômica da China, alimentou uma onda de queda generalizada das bolsas asiáticas, na sessão desta terça-feira (26).
Face a tais fatores adversos, o índice japonês Nikkei recuou 1,11% a 32.315,05 pontos, a mínima do pregão; Hang Seng de Hong Kong baixou 1,48% a 17.466,90 pontos; o sul-coreano Kospi caiu 1,31% em Seul, a 2.462,97 pontos, e o Taiex, de Taiwan, perdeu 1,07% a 16.276,07 pontos.
No mesmo viés adverso, o Xangai composto, da China, retraiu 0,43%, a 3.102,27 pontos, ao passo que o Shenzhen Composto ‘encolheu’ 0,52%, a 1.894,68 pontos. Mais ao sul do equador, na Oceania, o índice S&P/ASX 200 da bolsa australiana, em Sydney, perdeu 0,54% do, a 7.038,20 pontos.
O retrocesso asiático, por sua vez, já reflete o desempenho negativo do mercado ianque, em que as bolsas de Nova York acumularam perdas pelo quarto pregão consecutivo na sexta-feira (22), por conta da esperada ‘puxada’ dos juros nos EUA, sem contar o provável avanço dos Treasuries (papéis do Tesouro estadunidense). Na sessão dessa segunda-feira (25), os yields dos Treasuries atingiram máximas mais expressivas em mais e dez anos. “O tema dos rendimentos mais elevados provavelmente continuará a pressionar as ações, resultando em mais perdas”, comentou o IG.
Além da prolongada crise do setor imobiliário chinês, que aponta, por enquanto, qualquer solução por parte do governo de Pequim, pesa sobre o cenário internacional a virtual paralisia, no curto prazo, do governo ianque, em decorrência de entraves orçamentários recorrentes em Washington DC. Também contribui para a volatilidade externa, a perspectiva de o Federal Reserve (Fed, bc ianque) de manter, por mais tempo que o esperado, os juros locais.
Segundo a analista de mercado da CMC Markets APAC & Canada, Tina Teng, “as dificuldades no setor imobiliário chinês estão longe de acabar, à medida que a notória incorporadora Evergrande falhou no pagamento de 4 bilhões de iuanes, em bônus domésticos e adiou reuniões sobre reestruturação”.
A chefe de pesquisa de varejo do Maybank, Sonija Li, por sua vez, pondera, que persistem preocupações contínuas sobre o setor imobiliário chinês depois que a Evergrande descartou um plano de reestruturação de dívida e disse que não é capaz de emitir nova dívida.
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