Paraná registra crescimento de 14% na importação de fertilizantes

Os portos do Paraná receberam, de janeiro a novembro de 2021, um volume 14% maior que as 9,17 milhões de toneladas de adubo registradas no mesmo período de 2020.

Somente em novembro, os portos paranaenses receberam cerca de 1 milhão de toneladas de fertilizantes. No mesmo mês do ano passado, foram 877.159 toneladas dos produtos recebidos. Nessa comparação, o aumento chega a 16%.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, das 53 milhões de toneladas movimentadas pelos portos de Paranaguá e Antonina, 10,5 milhões (19,8%) foram de fertilizantes descarregados. “Os portos do Paraná receberam quase 27% de todo o volume de adubo importado de janeiro a novembro de 2021, que foi pouco mais de 38 milhões de toneladas”, afirma.

Uma das justificativas para a alta está no mercado externo, que impacta no preço dos produtos. Segundo o gerente-executivo do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Décio Luiz Gomes, o dólar em alta torna as commodities agrícolas bastante atrativas para quem produz e vende. “Capitalizado, o produtor compra mais fertilizantes, a exemplo de outros insumos. Alguns fatores desfavoráveis no exterior, como o alto custo do gás natural, matéria-prima dos fertilizantes nitrogenados e algumas crises políticas influenciaram no comércio dos produtos. A oferta diminuiu e o preço subiu. Mas, com os preços internacionais da soja muito bons, o agricultor brasileiro sabe que o mercado mundial vai absorver o produto, antecipa a compra de fertilizantes e faz estoques para não faltar insumos pra safra 2022”, afirma.

Os adubos são trazidos, principalmente, da China, Rússia, Canadá, Bielorússia, Marrocos e Estados Unidos. Entre os principais fertilizantes estão o cloreto de potássio, a ureia, MAP (fosfato monoamônico) e produtos do complexo NPK.