Paraná vai em busca de exportar carne suína para o Japão

O Estado adquiriu a marca de área livre de febre aftosa sem a presença de vacinação, concedendo a oportunidade de avançar no mercado de carnes, o qual é o principal produtor de proteína animal do Brasil.

“Além da questão econômica, o grau de exigência do mercado japonês com relação à qualidade seria uma importante vitrine para a carne paranaense, um selo que permitiria abrir ainda para a exportação a outros países”, disse o governador. “A chancela da Organização Mundial de Saúde Animal atestou a qualidade sanitária do Paraná. Temos importantes cooperativas e grandes frigoríficos, que têm o cuidado com o bem-estar animal, qualidade e segurança na produção”.

Ainda convém lembrar que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), confirmou o reconhecimento internacional de área sustentável do estado paranaense. “Somos o maior produtor de energia renovável do País e criamos um programa específico para ampliar a geração de energia fotovoltaica nas propriedades rurais. A produção de alimentos de forma sustentável é também grande diferencial para acessar mercados externos”, comentou.

Ratinho Junior relembrou que o Paraná possui uma maioria das comunidades japonesas no Brasil, as quais possuem grande relevância na economia e cultura. O que entra em destaque também, é que o estado possui um acordo de irmandade com província de Hyogo num período aproximado de 50 anos.

Em contraponto, o embaixador revelou que o Japão consome demasiadamente a carne de frango paranaense, e completou que há a necessidade de efetuar alguns ajustes técnicos finais para possibilitar a exportação de carne suína. “Sabemos do potencial da carne suína no mercado japonês, mas ainda é preciso avançar nesses acordos. Uma vez resolvida essa questão, temos grande possibilidades de acordos”, falou.

“Temos importantes acordos em diversas áreas com o Paraná e queremos manter essa cooperação. Além disso, esperamos contar com a presença do Paraná na Expo Mundial, que em 2025 será em Osaka”, afirmou.

É evidente que a relação de amizade do Paraná com o Japão tem sido fundamental para o progresso de acordos de cooperação em inúmeras áreas. Em destaque, um exemplo a ser usado é a aplicação de estruturas nas estradas, chamadas Michi no Eki, para a comercialização de produtos típicos paranaenses. A atividade está em processo dentro do objetivo de promover Vocações Regionais do Estado produzido pela Invest Paraná.

Vale a pena destacar que referente a área cultural, foi recebido uma coleção com 792 exemplares de mangás, histórias japonesas amadas entre os jovens brasileiros. Os mangás fortalecerão o acervo disputado da Biblioteca Pública, que conta com 1.500 mangás. “Foi um presente para a nossa biblioteca, que completou 165 anos na semana passada”, comentou a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.

Obras clássicas, como “Akira”, de Katsuhiro Otomo, ou “Ghost in the Shell (Fantasma do Futuro)”, de Masamune Shirow, “Naruto”, de Masashi Kishimoto; “One Punch Man”, de Yusuke Murata; e “Jojo’s Bizarre Adventure”, de Asami Araki.

Além disso, outros nomes que estiveram presentes na reunião foram o vice-governador Darci Piana; secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes; e da Comunicação Social e da Cultura, João Evaristo Debiasi; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; o cônsul-geral do Japão em Curitiba, Keiji Hamada; chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Paraná, Igor Kipman; e o deputado federal Luiz Nishimori.