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Finanças

Passou um pix errado? Descubra se é possível recuperar seu dinheiro

A popularidade do Pix cresce no Brasil, mas enganos nas transferências podem gerar complicações legais. Saiba como evitar problemas e reverter transações equivocadas.

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O sistema de pagamento instantâneo Pix conquistou a preferência dos brasileiros com sua praticidade e agilidade. Entretanto, questões legais surgem quando ocorrem transferências por engano. Advogados alertam sobre possíveis consequências e orientam como proceder.

A advogada Luciana Pinheiro, especialista em Direito Civil e Empresarial, explica que não devolver um Pix recebido erroneamente pode configurar apropriação indébita.

O Código Penal prevê penalidades para quem não restitui o valor ou notifica as autoridades no prazo de 15 dias.

Consequências legais e devolução de valores

O dilema do Pix errado: entenda as implicações legais e como agir
Pix é uma forma de pagamento instantâneo que surgiu em 2020. Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Receber um Pix por engano não é crime, mas não devolvê-lo pode ser. Caso a devolução não ocorra, a vítima deve contatar o banco e registrar um boletim de ocorrência. A advogada recomenda tentar contatar o recebedor, especialmente se a chave Pix for um número de celular.

O Banco Central oferece o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode ser acionado em até 80 dias após o envio incorreto. Ele bloqueia a conta do destinatário até que se determine se houve fraude ou erro operacional.

Se for confirmado um erro ou fraude, o valor será devolvido a quem fez o Pix errado. Caso contrário, o dinheiro retorna ao destinatário original. Se a devolução não ocorrer, é possível buscar a Justiça para reaver os valores.

Responsabilidade das instituições financeiras

O Código de Defesa do Consumidor exige que bancos indenizem por danos causados, mas apenas se a culpa não for do cliente. Se o consumidor errou ao inserir a chave Pix, o banco pode não ser responsável.

Recebedores de Pix por engano devem usar opções de devolução disponíveis nos bancos. Em casos sem sucesso, é importante notificar uma autoridade em até 15 dias para evitar acusações de apropriação indébita.

Por fim, o Pix surgiu no Brasil no final de 2020, ainda durante a pandemia da covid-19. Desde então, ganhou popularidade por conta de ser mais prático e, também, por não haver cobrança nas operações financeiras.

Jornalista formado em 1999, atua no jornal OVALE, em São José dos Campos, e na TV Câmara, também na mesma cidade. Atualmente, também produz posts para o Futebol ao Vivo, no CenárioMT, e também para o Grupo Prime.

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