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Economia

Pedidos de bens industriais da Alemanha tem crescimento abaixo do esperado em julho

O número de encomendas no mês ainda estava 8,2% menor do que em fevereiro, antes da imposição das medidas de quarentena para desacelerar a disseminação do coronavírus. 

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As encomendas de bens industriais da Alemanha tiveram um crescimento de 2,8% no mês de julho. O resultado está abaixo do previsto, indicando que a rápida retomada inicial observada após o choque do coronavírus vem desacelerando na maior economia da Europa.

Mesmo com o aumento, esse resultado sinaliza um retorno mais arrastado a níveis pré-crise, comparando o número à uma expectativa em pesquisa da Reuters, que previa alta de 5,0% ante o mês anterior.

Segundo informações do Escritório Federal de Estatísticas divulgadas nesta sexta-feira, 04, os números de junho foram revisados para cima, indicando um aumento de 28,8% contra os 27,9% informados anteriormente.

O número de pedidos em julho ainda estava 8,2% menor do que em fevereiro, antes da imposição das medidas de quarentena para desacelerar a disseminação do coronavírus.

“Nos próximos meses, provavelmente veremos que as frutas mais baixas já foram colhidas e agora a corrida econômica para compensar o tempo perdido vai perder força”, disse Jens-Oliver Niklasch, economista do Landesbank Baden-Wuerttemberg. Segundo o especialista, não será possível voltar aos níveis pré-crise tão rápido quanto alguns esperavam.

A economia alemã teve uma contração recorde de 9,7% no segundo trimestre, à medida em que o consumo das famílias, investimentos das empresas e comércio colapsaram no pico da pandemia de Covid-19.

Os pedidos domésticos de bens industriais caíram 10,2% em julho, enquanto as encomendas de estrangeiros subiram 14,4%, de acordo com o Escritório de Estatísticas. O economista do ING, Carsten Brzeski, disse que os dados mostraram “uma enorme mudança entre a demanda doméstica e a externa”.

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