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Mercado de Trabalho

Pedidos de demissão no Brasil: pesquisa aponta as principais razões

Estudo revela que 7,4 milhões de brasileiros pediram demissão em 2023.

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De acordo com um levantamento inédito realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de trabalhadores brasileiros que pediram demissão de seus empregos em 2023 foi de 7,4 milhões.

Somente no primeiro semestre deste ano, já foram registrados 4,3 milhões de solicitações, o que representa 36% do total de desligamentos ocorridos no período.

Os motivos que levaram esses profissionais a tomarem essa decisão variam desde a busca por um novo emprego, salários baixos, estresse no ambiente de trabalho até problemas éticos.

Fatores que mais motivam pedidos de demissão

O estudo, que contou com a participação de mais de 50 mil trabalhadores que solicitaram desligamento de suas empresas entre novembro de 2023 e abril de 2024, foi solicitado pelo ministro da pasta, Luiz Marinho.

O objetivo do levantamento é compreender as causas do aumento dos pedidos de demissão, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Entre as principais motivações apontadas pelos profissionais estão a oportunidade de ter outro emprego garantido (36,5%), o baixo salário (32,5%) e a falta de reconhecimento pelo trabalho realizado (24,7%).

4,3 milhões de brasileiros se desligaram de suas empresas no primeiro semestre de 2024 – Imagem: reprodução

Além disso, problemas éticos relacionados à empresa, questões com a chefia imediata e a falta de flexibilidade na jornada também foram citados como fatores determinantes para a tomada de decisão.

O levantamento revelou que a maioria dos trabalhadores que pediram demissão não contava com apoio familiar ou renda própria, mas ainda assim optaram por sair do emprego.

Mesmo diante dessa situação, 76% dos demissionários se mostraram satisfeitos com a decisão tomada, enquanto 14% não estavam felizes com o desligamento e 10% ainda não conseguiram avaliar a situação.

A divisão por gênero também foi analisada na pesquisa, mostrando que as mulheres relataram mais problemas com chefias imediatas, falta de flexibilidade na jornada e adoecimento mental provocado pelo estresse do trabalho em comparação aos homens.

Por outro lado, os mais jovens citaram mais problemas relacionados à ética e forma de trabalho da empresa, além de dificuldades de mobilidade para chegar ao local de trabalho, especialmente na cidade de São Paulo.

Diante desses dados, é fundamental que as empresas avaliem suas políticas internas, oferecendo salários mais atrativos, reconhecimento pelo trabalho realizado, um ambiente de trabalho saudável e flexibilidade na jornada para seus colaboradores.

O cuidado com a saúde mental dos funcionários também deve ser priorizado, a fim de evitar casos de adoecimento provocado pelo estresse no ambiente de trabalho.

A pesquisa serve como um alerta para que as empresas busquem melhorias em suas práticas e políticas internas, visando a retenção de talentos e a satisfação dos seus colaboradores.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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