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Finanças

Pedir ajuda ao ChatGPT para gerir suas finanças: oportunidade ou risco?

Pessoas nos EUA têm usado cada vez mais IAs para gerir as finanças.

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Em 2025, um em cada cinco estadunidenses pretende aumentar suas economias, e muitos têm recorrido à inteligência artificial (IA) para alcançar metas financeiras.

Tecnologias como o ChatGPT e o Gemini se tornaram populares nessa área de finanças e em objetivos de carreira. No entanto, especialistas alertam sobre os riscos envolvidos na busca por conselhos financeiros exclusivamente de máquinas.

Andrew Lo, diretor do Laboratório de Engenharia Financeira na Escola de Gestão Sloan, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), destaca que questões financeiras sensíveis não devem ser tratadas de modo leviano.

A IA pode oferecer conselhos gerais eficazes, mas lhe falta a precisão necessária em tópicos mais complexos, o que levanta dúvidas sobre a confiabilidade dessas ferramentas.

Plataformas de IA, frequentemente, não possuem conhecimento regulatório suficiente, podendo induzir usuários a decisões erradas.

Ao gerir as finanças, é preciso ter equilíbrio no uso de IAs – Imagem: reprodução/Andrzej Rostek/Getty Images

Como usar a IA no planejamento financeiro

Apesar das preocupações, muitas pessoas nos EUA já empregam a IA para a gestão financeira. Segundo um estudo da Experian de 2024, 96% dos que experimentaram essa prática relataram experiências positivas. Ferramentas como o ChatGPT ajudam em orçamentos, planejamento de investimentos e melhorias na pontuação de crédito.

Ao fornecer informações financeiras básicas, a IA pode criar um plano detalhado. Um exemplo de prompt inclui o salário anual de US$ 50 mil (R$ 288.375*), dívidas de cartão de crédito e despesas mensais. A IA oferece estratégias, como a regra 50/30/20, para o orçamento e gestão de dívidas.

Ainda assim, Christina Roman, gerente de educação ao consumidor na Experian, alerta sobre a confiança cega em conselhos de IA. Falhas conhecidas como alucinações nas IAs podem ocorrer, e os conselhos não necessariamente refletem as melhores práticas financeiras. É essencial verificar as informações e ser cauteloso com os dados fornecidos à IA.

Exemplo disso é a recomendação de investimentos sem mencionar potenciais conflitos de interesse e a falta de divulgação completa, que pode levar a interpretações equivocadas. Consultores humanos oferecem discussões mais profundas, pois consideram riscos e metas pessoais.

O futuro dos serviços financeiros e a IA

A evolução dos modelos de linguagem de grande escala (LLMs) pode ampliar o papel da IA em finanças. Michael Donnelly, diretor administrativo de crescimento corporativo do CFP Board, acredita que os profissionais que integram tecnologia com conhecimento humano vão se destacar. No entanto, Andrew Lo ressalta a necessidade de salvaguardas.

Para ter um equilíbrio entre inovação e segurança, Lo sugere que os consumidores sejam informados sobre os riscos da IA e verifiquem cuidadosamente os conselhos recebidos dela para obterem um ambiente mais seguro ao usarem tal tecnologia.

* Com informações do portal E|Investidor.

Olá, sou John Monteiro, guitarrista e jornalista. Nascido no ano da última Constituição escrita, criado na periferia da capital paulista. Fã de história e política, astronomia, literatura e filosofia. Curto muita música, no conforto da minha preguiça, frequento mais palavras que livrarias.

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