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Economia

Pelas dúvidas depois das altas, fundos estão fazendo dinheiro com a soja e o milho em Chicago

Movimento é considerado normal, no entanto é defensivo também porque tanto o clima nos EUA pode mudar, como investidores não querem ser surpreendidos pelo Fed.

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A colheita de Soja no estado do Paraná chega a 75% (23/03)

Os indicativos da Chicago Board of Trade (CBOT) mostram que o clima pontualmente ruim sobre as lavouras dos Estados Unidos e a tendência de o Federal Reserve (Fed) não elevar os juros nesta quarta (14) serão neutralizados por um movimento de realização de lucros.

Após várias sessões de altas, com um outro ajuste para “fazer dinheiro” na segunda, os fundos estão menos receptivos para a soja e o milho.

O trader defensivo é normal depois de fortes ganhos. Ontem, por exemplo, os contratos mais líquidos avançaram de 26 a 30 pontos, de 1,93% a 2,26% na oleaginosa.

Às 08:56 (Brasília), o vencimento de julho da soja desce um pouco do beliscão dos US$ 14 da véspera, estando a US$ 13,93, menos 0,35%. O milho perde um pouco mais, 1,27%, a US$ 6,04 o bushel.

A depender da confirmação do tempo mais seco e quente neste começo de verão americano, além da observação dos mapas meteorológicos para as próximas semanas, o movimento de alta pode ser retomado. Na soja, cujo plantio foi mais acelerado, a atenção é maior.

Também se reserva a expectativa de confirmação de que os juros nos EUA permaneçam entre 5% e 5,25% ao ano, com uma pausa neste mês, o que pode seguir continuando a injetar ânimo sobre os derivativos, ainda que fica as projeções de que o Fed volte a insistir com mais 0,25 pontos percentuais na próxima reunião.

Agora, se o Banco Central americano surpreender, com uma alta hoje, o quadro poderá ser outro, contaminando todos os mercados. O que também explica a realização de lucros em vigor agora.

Para os exportadores brasileiros, vale ressaltar, porém, que as altas de Chicago estão sendo anuladas por prêmios portos negativos, devido ao afunilamento da logística de escoamento e pelo volume da safra colhida.

Ao mesmo tempo, nova onda de baixa do dólar, como a da terça, também não ajuda muito.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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