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Economia

Pequim reduz juros, o mundo quer mais: bolsas caem, dólar sobe (lá e aqui). Temor vai virar pânico?

Economia chinesa mantém sinais perigosos de que o vigor está cada vez mais sendo perdido e há risco às exportações brasileiras

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Mercado Acionário China

Cada vez mais distante de a China buscar 5% de crescimento este ano aumenta e o temor que se espalha pelo mundo pode virar pânico, realimentando um risco de recessão que parecia ter adormecido.

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, alerta que seu país já sente essa pressão.

O Brasil não deve ficar atrás.

Pequim novamente cortou as taxas de juros nesta terça (15), seguindo um roteiro ainda tímido de semanas atrás, quando novamente o setor imobiliário, grande empregador, voltou a acender a inadimplência de grandes incorporadoras e construtoras.

O cenário é tão delicado que o governo, segundo a Reuters, inclusive proibiu a divulgação da taxa de desemprego entre os jovens, que já havia batido em mais de 20%.

Como os mercados globais querem mais estímulos na China para a sua economia, as bolsas caem – como os índices futuros dos Estados Unidos agora.

O dólar segue a rotina de se fortalecer frente ao yuan, hoje em mais 0,38%, a 7,2858. No Brasil também.

O Ibovespa (IBOV) segue a boiada, contrariando as expectativas melhores desde que o Copom cortou 50 pontos base da Selic (13,25%). Em sequência de derretimento, caiu a 116 mil pontos na segunda, em menos 1,06%.

Em que pese a latente necessidade que o país asiático tem em comprar proteínas agrícolas e animais, o risco é persistente.

O caso mais clássico é da carne bovina. Preços muito pressionados sobre os exportadores brasileiros e até queda em volume em julho.

Embora a redução em volume em julho, contra julho 22, tenha sido de 18,3 mil toneladas, em receita comparativa foi, respectivamente, de US$ 786,2 milhões para US$ 447 milhões.

No acumulado do ano a situação é a mesma, apesar de se descontar o embargo das exportações brasileiras de um mês durante o período da ‘vaca louca’.

 

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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