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Economia

Pesquisa do IBGE indica queda industrial em oito de 15 locais em 2022

Maior queda individual ocorreu no Pará, que apurou recuo de 9,1% no ano passado

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Meio a meio. Assim pode ser descrito o desempenho da indústria nacional em 2022, quando houve queda de produção em oito dos 15 locais verificados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), produzida pelo IBGE. Em contraste, de novembro para dezembro último, a mesma consulta verificou avanço em dez de 15 locais.

Entre as maiores quedas do ano passado, a mais acentuada ocorreu no Pará, que recuou 9,1%, seguido do Espírito Santo, com baixa de 8,4%, devido à retração da indústria extrativa de minério de ferro, e de indústrias extrativas de óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sintetizados, e gás natural, respectivamente.

Na segunda fila de baixas, vem o Paraná, com recuo de 4,2%, em decorrência do desempenho negativo do setor de derivados de petróleo, devido à queda na produção de óleo diesel e óleos combustíveis. Também negativa (-4,3%) foi a performance da vizinha Santa Catarina, ante o resultado adverso do setor têxtil, com ênfase para roupas de banho e fitas de tecido. Retrocessos também ocorreram nos estados do Ceará (-4,9%), Pernambuco (-2,3%), Minas Gerais (-1,3%), sem contar a Região Nordeste que apurou declínio de 1,0% de produção.

“A indústria começou o ano de 2022 com taxas positivas em sequência, depois há um resfriamento da produção nacional a partir do segundo semestre. A aceleração da inflação e o consequente aumento dos juros afetaram diretamente o poder de compra das famílias. A geração de empregos com baixa remuneração também impactou nisso. Houve ainda, em grau menor, o desabastecimento de alguns insumos e o aumento de preços de matérias-primas”, destaca o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

Em contraponto, Mato Grosso apresentou a maior alta individual do ano (19,4%), devido ao comportamento positivo dos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Igualmente positivos foram os desempenhos, no ano passado, dos estados: Rio de Janeiro (4,6%), Amazonas (3,8%), Bahia (2,4%), Goiás (1,4%), Rio Grande do Sul (1,1%) e São Paulo (0,2%).

Segundo Almeida, “a maior influência positiva no resultado do Rio de Janeiro veio do setor de derivados do petróleo, muito atuante na indústria fluminense. Houve aumento na produção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva e querosene de aviação. Já no Amazonas, terceiro colocado no ranking de influência positiva, o setor de bebidas se destacou”, detalha Bernardo. Maior parque industrial do país, São Paulo teve crescimento tímido, acentua o gerente do instituto, mediante um ritmo moderado de produção. “A indústria paulista teve altos e baixos durante o ano, não existiu uma trajetória de crescimento sustentado, assim como no resultado nacional”, concluiu.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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