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Petrobras começa medições eólicas no pré-sal da Bacia de Santos
Companhia é uma empresa estatal de capital misto.
A realização das medições eólicas em alto-mar, na área do pré-sal, teve início com a participação da Petrobras (PETR3; PETR4), Shell Brasil, TotalEnergies, CNPC, CNOOC e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O Campo de Búzios, localizado na Bacia de Santos, foi selecionado para a primeira coleta de dados, com planos para estender o trabalho ao Campo de Mero ao longo do ano.
Essa pesquisa integra o Projeto Ventos de Libra, que obteve investimentos da ordem de R$ 8 milhões. Além do desenvolvimento de tecnologias para os estudos, o projeto prevê a criação de metodologias para analisar os padrões de vento, bem como uma avaliação da viabilidade técnica para a instalação de turbinas eólicas. O intuito é subsidiar futuros projetos de energia eólica offshore no pré-sal.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, enfatizou que essa iniciativa visa promover o desenvolvimento de conhecimento e capacitação no setor de eólicas offshore, reconhecido pelo seu grande potencial no Brasil. A parceria com importantes atores do pré-sal e instituições acadêmicas de renome destaca o caráter colaborativo do projeto.
Petrobras (PETR3; PETR4)
Um marco significativo do projeto é sua capacidade de aprimorar modelos, visando reduzir os riscos na implementação da tecnologia eólica flutuante em regiões de águas profundas. As fases subsequentes incluirão a análise da viabilidade de integrar turbinas eólicas aos sistemas de produção de óleo e gás.
Joelson Mendes, diretor de Exploração e Produção da Petrobras, explicou que os projetos eólicos offshore representam desafios científicos e tecnológicos consideráveis, especialmente nas condições encontradas no pré-sal, a cerca de 200 km da costa, em profundidades de até 2 mil metros.
Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, ressaltou que projetos desse tipo podem indicar caminhos para avançar na descarbonização das atividades, alinhando-se com o Plano Estratégico da empresa.
Medição de ventos
A estação de medição de ventos está localizada no navio-plataforma P-75, uma unidade flutuante dedicada à produção, armazenamento e transporte de petróleo. A tecnologia empregada baseia-se em um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging). Os dados serão transmitidos diretamente para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), onde serão analisados ao longo de um período de 3 anos.
Carlos Travassos, diretor de Engenharia e Tecnologia e Inovação da Petrobras, destacou que a empresa iniciou estudos de viabilidade para a implantação da atividade eólica offshore há uma década, instalando a primeira torre anemométrica no mar do Brasil, em uma plataforma em águas rasas no litoral do estado do Rio Grande do Norte.
O Projeto Ventos de Libra é liderado pela engenheira Cristiane Lodi, coordenadora pelo lado da Petrobras e do Consórcio de Libra, e pela professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS, responsável pela coordenação do Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica (Niepiee). O consórcio é operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%).
(Com Agência Brasil).
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