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Petrobras descarta novos aumentos de combustíveis

Companhia é uma empresa de capital misto.

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A presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard, descartou a possibilidade de novos aumentos nos preços dos combustíveis para evitar uma redução na participação de mercado. Em uma coletiva de imprensa online sobre os resultados do segundo trimestre, quando a empresa registrou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, ela comentou: “Estamos acompanhando de perto as tendências dos preços internacionais e as ações dos nossos concorrentes. Recentemente, observamos uma leve perda na participação de mercado, embora discreta. Isso confirma que nossa estratégia de preços está adequada. Aumentar os preços agora implicaria em perder market share, o que não está nos nossos planos.”

Claudio Romeo Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, acrescentou que o preço do diesel não foi ajustado em julho devido aos preços baixos do diesel russo importado para o Brasil. No mês anterior, houve aumento nos preços da gasolina e do GLP (gás de botijão).

A Petrobras registrou seu primeiro prejuízo desde 2020 e revisou para baixo seus investimentos para este ano, mas isso não alterou seus planos de redefinir e expandir suas áreas de atuação. A estatal, que havia planejado vender até US$ 27 bilhões (mais de R$ 151 bilhões) em ativos, está agora focada em recompor seu portfólio, revisando os projetos que pretende manter, recomprar ou que estão sendo considerados na nova gestão.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Magda Chambriard, que assumiu a presidência da petroleira há dois meses, está empenhada em equilibrar as demandas dos acionistas com as do governo. Ela busca acelerar a reintegração da empresa em setores como fertilizantes, energias renováveis e produção de petróleo em novas áreas, como a Margem Equatorial, no litoral das regiões Norte e Nordeste, e no exterior.

Um exemplo da atual fase da Petrobras é o setor de refino. Em 2019, sob a gestão de Roberto Castello Branco, a Petrobras anunciou a intenção de vender oito refinarias, que representavam metade da capacidade de refino da empresa, como parte de um acordo com o Cade. No entanto, quatro dessas refinarias não receberam propostas ou tiveram ofertas abaixo do esperado, como a Rnest (em Pernambuco), que se tornou um símbolo da Operação Lava-Jato. Outras três foram vendidas e uma teve o processo cancelado.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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