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Economia

Petrobras manterá custos de combustível baixos por enquanto, diz novo CEO

No ano passado, o chamado PIS/Cofins foi extinto para os combustíveis. A decisão deve ser mantida nos próximos meses até uma nova política ser formulada.

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O novo governo do presidente Lula decidiu estender por 60 dias uma medida de redução de impostos para manter baixos os preços dos combustíveis, disse o novo chefe da Petrobras.

“Isso nos dará muita tranquilidade para trabalhar na política de preços”, disse Jean Paul Prates, escolhido pelo novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser o próximo diretor executivo (CEO) da Petrobras, a gigante petrolífera estatal brasileira.

Prates disse a jornalistas que a isenção de impostos federais pode terminar em março para gasolina, etanol e gás natural veicular porque visa amortecer o período de preços mais altos, que agora estão diminuindo.

Para o diesel e o gás de cozinha, as isenções fiscais deverão durar de seis meses até ao final do ano, disse.

Ele disse que a proposta, que tem vigência imediata, vai manter o etanol competitivo em relação aos combustíveis fósseis.

No ano passado, o chamado PIS/Cofins foi extinto para o diesel, gás de cozinha, gasolina, etanol e gás natural veicular.

O anúncio de Prates parece marcar uma mudança nos planos do novo governo.

Na semana passada, Fernando Haddad, o novo ministro da Fazenda, disse a repórteres que não buscaria uma extensão do corte de impostos.

Prates disse que mudará a política de preços da empresa, que atrela o combustível aos preços globais do petróleo, mas enfatizou que isso não significa que os preços serão totalmente desvinculados dos mercados internacionais.

“A política de preços da Petrobras será alterada, mas não necessariamente para traumatizar os investidores”, disse. “Vai mudar porque a política do país vai mudar.”

A política de preços da empresa esteve no centro das turbulências durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Três CEOs da Petrobras foram demitidos durante seu mandato, pois os aumentos nos preços dos combustíveis alimentaram a inflação e prejudicaram sua popularidade.

Prates, uma voz proeminente na política energética dentro do Partido dos Trabalhadores de Lula, já era visto como um forte candidato ao cargo na Petrobras depois de ser indicado para o grupo de transição para minas e energia.

Espera-se que ele desloque a empresa de seu foco na perfuração em águas profundas para as renováveis.

Depois que Prates assumir a empresa, o que ele disse deve acontecer em meados de janeiro, ele apresentará os planos da empresa em detalhes ao conselho de administração da Petrobras e aos brasileiros em geral.

“Vejo a Petrobras como uma empresa que precisa olhar para o futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas”, disse Prates.

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