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Petrobras: Nova presidente fala a jornalistas e defende política de preços atual

Companhia é uma empresa de capital misto.

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Três dias após assumir a presidência da Petrobras (PETR3; PETR4), a engenheira Magda Chambriard expressou seu apoio à política de preços da empresa. Em uma coletiva de imprensa ontem, ela afirmou que a estatal deve assegurar a estabilidade do mercado interno.

“A Petrobras sempre seguiu a tendência dos preços internacionais. Às vezes um pouco mais alto, às vezes um pouco mais baixo. O que é altamente indesejável é trazer instabilidade de preços para a sociedade brasileira todos os dias. A Petrobras sempre zelou por essa estabilidade”, disse Magda.

Ela também comentou sobre os altos preços recentes da gasolina, diesel e derivados. “O presidente Lula prometeu, durante sua campanha, ‘abrasileirar’ os preços. Isso significa que não é justo cobrar de um produto nacional o mesmo preço de um produto importado que inclui frete, seguro, risco de importação e lucro do importador. Esse conceito está por trás da reformulação que abrasileirou os preços dos combustíveis”, explicou.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A política de preços atual da Petrobras, adotada em maio do ano passado, encerrou o Preço de Paridade Internacional (PPI) que vinha sendo usado por mais de seis anos. Desde 2016, os preços no Brasil estavam alinhados aos valores do mercado internacional, com base no preço do barril de petróleo tipo brent, calculado em dólar. Essa prática resultou em distribuição recorde de dividendos aos acionistas da empresa. No novo modelo, a Petrobras continua considerando o mercado internacional, mas incorpora referências do mercado interno.

Magda Chambriard, ao assumir o cargo, destacou seu orgulho e lembrou seu início de carreira na Petrobras aos 22 anos, além de sua passagem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde foi diretora-geral entre 2012 e 2016. “Eu entrei na Petrobras quando a produção era de 187 mil barris de petróleo por dia. Acompanhei e participei das campanhas para aumentar essa produção para 200 mil, 500 mil e um milhão de barris. Enquanto estava na ANP, participei da descoberta do pré-sal”, disse Magda.

Segurança energética

Ela mencionou que o principal desafio da Petrobras é garantir a segurança energética do país, enfrentando simultaneamente a transição energética. Lembrou do compromisso da empresa de zerar as emissões de carbono até 2050, enfatizando que a Petrobras busca ser rentável e sustentável, dialogando com acionistas públicos e privados. “Vamos respeitar a lógica empresarial”, afirmou.

Magda também rejeitou a associação entre a tragédia no Rio Grande do Sul e a exploração de petróleo do pré-sal. “O Rio Grande do Sul teve uma enchente gigantesca em 1941, antes mesmo de termos petróleo no Brasil. Atribuir a culpa ao pré-sal seria injusto. O pré-sal traz grandes benefícios para a sociedade brasileira”, disse ela.

RS

As chuvas no Rio Grande do Sul causaram mais de 160 mortes, deixando diversas cidades submersas e mais de 600 mil pessoas desabrigadas. Magda manifestou solidariedade com os gaúchos e compartilhou uma experiência pessoal de enchente em sua residência no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. “Com petróleo ou sem petróleo, uma hora teríamos que lidar com isso porque estamos agredindo o meio ambiente”, concluiu.

Magda ressaltou que a Petrobras sempre se preocupou com questões ambientais e o desenvolvimento de uma matriz energética renovável. Citou o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e o compromisso da empresa de zerar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050, além dos investimentos em biorrefino, derivados de petróleo verdes, hidrogênio e projetos de captura de gás carbônico.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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