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Petrobras (PETR4): BB recomenda Compra com preço-alvo em R$36

A companhia apresentou dia 25 seu novo plano estratégico referente ao período 2022-2026

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Crédito: redebrasilatual

O BB Investimentos analisou o ativo Petrobras (PETR4) em seu portfólio e optou por recomendar Compra com preço-alvo em 36,00 para o final de 2022, conforme relatório.

De acordo com o documento, a companhia apresentou dia 25 seu novo plano estratégico referente ao período 2022-2026.

Entre os destaques, estão o aumento no capex total, a mudança na política de dividendos e o reforço das metas de descarbonização.

“Nossa impressão do plano é que ele trouxe avanços, mostrando um rumo de aumento de investimentos em áreas com elevado retorno (pré-sal e parte do pós-sal), mas deixa algumas lacunas, notadamente pela ausência de uma expansão mais robusta na área de energias renováveis e de um plano de negócios que se sustente mesmo caso ocorram mudanças estruturais no setor, o que entendemos uma possibilidade concreta de ocorrência nos próximos anos, dado que diversos dos stakeholders da companhia não estão sendo plenamente atendidos pelas condições atuais, da companhia e do arcabouço regulatório e tributário”, disse.

E acrescentou: “isso não significa que vemos problemas na tese de investimentos da companhia; pelo contrário, a alta produtividade dos campos do pré sal, notadamente Búzios e Tupi, aliada a uma boa resiliência em relação aos custos de extração (lifting cost), deixa a companhia em uma posição extremamente favorável em termos de geração de caixa, e os múltiplos baixos, dado o EV/EBITDA 2022E em 2,6x, colaboram na manutenção da recomendação. Ou seja, mantidas as condições atuais, a companhia está extremamente descontada.”

Petrobras

Ainda de acordo com o banco de investimentos, começando pela alocação de capital, após ter atingido a meta de endividamento, a companhia coloca ênfase na distribuição de dividendos, e acerta em deixar mais claro como isso será feito, apesar de termos ressalvas quanto à intensidade desse movimento face a continuidade do plano de venda de ativos.

A empresa comunicou que a remuneração ao acionista passa a ser trimestral, e a nova forma de cálculo considera:

  1. remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a US$ 40/bbl, a ser distribuído independentemente do nível de endividamento;
  2. em caso de dívida bruta igual ou inferior a US$ 65 bilhões e de resultado positivo acumulado, a distribuição será 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos (agora incluindo também os bônus de assinatura, antes não contemplados na fórmula);
  • excepcionalmente, a distribuição de dividendos extraordinários pode ser feita mesmo na hipótese de não verificação de lucro líquido.

Acionista

Conforme o BB, os novos critérios indicam uma forte prioridade para a remuneração ao acionista. “Em nosso entendimento, pode não ser a melhor alocação de capital. Isso porque o atingimento da meta de endividamento, associado à boa perspectiva de geração de caixa, poderia permitir o investimento em projetos que tragam retorno e tenham sinergia com o portifólio”, destacou.

Assim, a companhia opta em aumentar o volume de dividendos e seguir integralmente com o plano de venda de ativos, a despeito da existência de ativos ainda muito rentáveis, como a Braskem e alguns dos campos no pós-sal, como Albacora e Albacora Leste.

“Entendemos que poderia haver espaço para elevação do retorno para o acionista a partir da manutenção desses ativos, ou, ainda, investindo mais fortemente em transição energética, trazendo equilíbrio com a proposta de intensificação da distribuição de dividendos”, ressaltou.

Veja PETR4 na Bolsa:

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