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Petrobras (PETR4) terá assembleia para substituir presidente em data a ser definida
O conselho de administração esteve reunido ontem (23) para tratar da indicação do presidente Jair Bolsonaro, que quer o general Joaquim Silva e Luna dirigindo a petroleira
A Petrobras (PETR4) terá uma nova assembleia para substituir o atual presidente Roberto Castello Branco em data ainda a ser definida.
Isso porque o conselho de administração esteve reunido ontem (23) para tratar da indicação do presidente Jair Bolsonaro, que quer o general Joaquim Silva e Luna dirigindo a petroleira.
Em nota, a companhia informou que a AGE tem o objetivo de deliberar sobre a nomeação de Silva e Luna para o lugar do atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O pedido de realização da assembleia havia sido formulado pelo ministério das Minas e Energia.
Segundo o comunicado, a AGE será realizada antes da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2021. Na AGO será decidida a destituição de Castello Branco do cargo de membro do Conselho de Administração, o que acarreta a destituição dos demais sete membros do conselho de eleitos na AGO de julho de 2020. Serão eleitos oito membros do Conselho de Administração e haverá a eleição do presidente do conselho.
A estatal pontuou ainda que o Conselho de Administração “continuará a zelar com rigor pelos padrões de governança da Petrobras, inclusive no que diz respeito às políticas de preços de produtos da companhia”. Os membros da diretoria executiva têm mandato vigente até o dia 20 de março de 2021 e contam com o apoio do Conselho.
Petrobras – Ibovespa
A Petrobras (PETR4) mostrou resiliência ao longo do dia e ajudou o Ibovespa a fechar em alta na sessão desta terça-feira (23).
O índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,27%, a 115.225,38 pontos, de acordo com dados preliminares.
Papéis preferencias (PN, que dão preferência por dividendos) da estatal subiram 12,17%. Ordinários (ON, com direito a voto em assembleias) outros 8,96%. Esse desempenho ajudou o Ibovespa a não acompanhasse a vermelhidão lá fora, trazida por temores de inflação batendo às portas dos Estados Unidos. Com esse risco no radar global, foi mais um dia em que os rendimentos dos títulos americanos roubaram atratividade de ações vendidas nos principais mercados.
Volume financeiro
O volume financeiro das negociações de ações componentes da carteira teórica foi alto, mas não tanto quanto foi no pregão passado. Depois do recorde absoluto de mais de R$ 54,3 bilhões, ficou nos R$ 39,5 bilhões, 51% acima da média diária de R$ 26,1 bilhões de 2021. No caso das ações da Petrobras, o giro financeiro fez sombra ao da véspera. Contra os R$ R$ 13,7 bilhões anteriores, foram movimentados nesta sessão R$ 10 bilhões.
O desempenho positivo dos papéis nesta terça-feira não implica que tenham ido embora os temores de interferência de Bolsonaro em favor de caminhoneiros na empresa. Mas, sim, que o mergulho de quase 30% dos dois últimos pregões tenha sido exagerado.
Sobram desconfianças, é verdade. O presidente adotou o velho discurso do “petróleo é nosso”, gasto por outros presidentes intervencionistas – casos de Vargas, Lula e Dilma. E Silva e Luna, por sua vez, tem falado em priorizar “questões sociais”. Mas, ao fim ao cabo, o que se tem de concreto são apenas… desconfianças mesmo. Oficialmente, ao menos até aqui, a política de preços da companhia não mudou. Até segunda ordem, seguirá acompanhando as flutuações do câmbio e do petróleo no mercado internacional.
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