Empresas
Petrobras: Presidente do Conselho é reeleito
Companhia é uma empresa de capital misto.
Pietro Mendes, atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4), foi reeleito para mais um mandato de dois anos e continuará no cargo. Sua permanência foi confirmada ontem durante a assembleia geral ordinária dos acionistas da empresa.
Além de sua função na Petrobras, Pietro Mendes também é secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), sendo uma figura de confiança do ministro Alexandre Silveira.
Ele havia sido temporariamente afastado do Conselho de Administração da Petrobras no início do mês, por uma decisão da Justiça Federal de São Paulo em resposta a uma ação popular movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP). Alegou-se que a nomeação do secretário violava as regras estabelecidas pela Lei das Estatais. No entanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu reverter essa decisão com um recurso, e o afastamento foi revogado em 16 de abril.
Petrobras (PETR3; PETR4)
Além de reconduzir Pietro Mendes, a assembleia geral também manteve no Conselho de Administração da Petrobras outros quatro membros indicados pelo governo: o atual presidente da empresa, Jean Paul Prates; Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil; Vitor Saback, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME; e Renato Gallupo, advogado.
Com os novos mandatos para esses cinco membros, o governo garantiu ainda a eleição de Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, ampliando assim sua representação majoritária no conselho, com seis dos 11 conselheiros.
Rafael Dubeux é a única nova adição entre os representantes do governo no Conselho de Administração da Petrobras, ocupando a vaga deixada pelo ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende. A saída de Rezende do conselho já era esperada, pois ele não era candidato à reeleição.
Decisão judicial
Assim como Pietro Mendes, Rezende também foi temporariamente afastado por uma decisão judicial em resposta a argumentos do deputado Leonardo Lima. No entanto, um recurso da AGU foi bem-sucedido e ele retornou ao cargo de conselheiro alguns dias depois. Apesar disso, o governo optou por não lançar sua candidatura à reeleição.
Os acionistas minoritários reelegeram o investidor Juca Abdalla e os advogados Marcelo Gasparino e Francisco Petros. Uma nova adição foi escolhida pelos detentores de ações preferenciais: Jerônimo Antunes, contabilista, substituirá o economista Marcelo Mesquita, que já havia cumprido dois mandatos e não poderia concorrer novamente.
Antes da eleição, a assembleia aprovou uma proposta de distribuição de R$ 21,95 bilhões em dividendos aos acionistas, equivalente a 50% do valor avaliado para os dividendos extraordinários. Essa decisão foi tomada após uma reversão parcial da retenção de 100% dos dividendos extraordinários anunciada pelo Conselho de Administração em março, que havia gerado uma forte queda nas ações da Petrobras e se tornou tema de debates políticos.
(Com Agência Brasil).
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