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Petrobras vende gás natural à Argentina, que vive uma crise
Companhia é uma emprea de capital misto.
A Petrobras (PETR3; PETR4) confirmou a venda de Gás Natural Liquefeito (GNL) para o governo argentino. A estatal Energia Argentina Sociedad Anonima (Enarsa), responsável pela exploração de petróleo e gás natural, recorreu à compra emergencial da petrolífera brasileira para superar uma crise de abastecimento devido ao aumento da demanda interna, que afetou mais de 300 indústrias e postos de combustíveis. O país tem enfrentado baixas temperaturas nas últimas semanas.
O navio com o carregamento chegou ao terminal argentino dia 28. Devido a um problema de pagamento, o descarregamento do gás foi atrasado. Hoje, o Banco de la Nación Argentina (BNA) emitiu uma carta de crédito, permitindo que a operação fosse realizada imediatamente. A companhia argentina informou que a situação já está normalizada.
Segundo o governo argentino, o carregamento de 44 milhões de metros cúbicos de gás natural da Petrobras deve normalizar o abastecimento de indústrias, postos de GNV e termelétricas. As autoridades locais informaram que o consumo de gás aumentou de 44 milhões de m³ para 77 milhões de m³ devido à queda de temperatura em maio.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O acordo entre a Petrobras e a Enarsa, assinado no mês passado com duração de três anos, inclui o intercâmbio de informações, a avaliação de alternativas para cooperação e complementaridade energética entre as duas empresas. O acordo também prevê a coordenação de ações para garantir o fornecimento de gás natural à Argentina durante o inverno, período de maior demanda, sem impacto no abastecimento de gás no Brasil ou custo financeiro adicional para a Petrobras.
Argentina
A crise econômica na Argentina é caracterizada por uma série de desafios econômicos e financeiros que o país enfrenta há vários anos. Ela inclui alta inflação, que muitas vezes supera os 50% ao ano, desvalorização da moeda local (o peso argentino), elevado endividamento público, e uma persistente recessão econômica. Além disso, a Argentina tem enfrentado dificuldades em acessar os mercados internacionais de crédito e tem recorrido a pacotes de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Essa crise se reflete em um aumento dos níveis de pobreza e desemprego, que afetam uma grande parte da população. A instabilidade política e as frequentes mudanças nas políticas econômicas também contribuem para a incerteza no ambiente econômico. A situação é agravada por questões estruturais, como a baixa produtividade, falta de investimento estrangeiro, e dificuldades no setor exportador. Esses fatores combinados criam um cenário econômico desafiador, dificultando a recuperação sustentável do país.
(Com Agência Brasil).
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