Economia
Petróleo: Brasil tem aumento de 7% nas reservas provadas
Os dados são da ANP.
Em 2023, as reservas provadas de petróleo registraram um aumento de 6,98% em comparação com o ano anterior, enquanto o volume relativo ao somatório das reservas provadas e prováveis aumentou em 3,81%, e o somatório das provadas, prováveis e possíveis cresceu 2,26%. Esses dados são provenientes do Boletim Anual de Recursos e Reservas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As reservas provadas referem-se à quantidade de petróleo ou gás natural que as análises geocientíficas e de engenharia indicam como recuperáveis comercialmente, com uma certa confiança, na data de referência do Boletim Anual de Recursos e Reservas. Quando métodos probabilísticos são utilizados, a probabilidade de a quantidade recuperada ser igual ou superior à estimativa deve ser de pelo menos 90%.
Para as reservas prováveis, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou superior à soma das estimativas das reservas provadas e prováveis deve ser de pelo menos 50%. No caso das reservas possíveis, a probabilidade de que a quantidade recuperada seja igual ou superior à soma das estimativas das reservas provadas, prováveis e possíveis deve ser de pelo menos 10%.
Petróleo
As empresas contratadas para exploração e produção no Brasil declararam 15,894 bilhões de barris de petróleo como reservas provadas; 22,779 bilhões de barris como reservas provadas e prováveis; e 27,531 bilhões de barris como reservas provadas, prováveis e possíveis.
Isso resultou em um índice de reposição de reservas provadas de petróleo de 183,54%, o que representa cerca de 2,278 bilhões de barris em novas reservas. O índice de reposição de reservas indica a relação entre o volume adicionado e o volume produzido durante o período considerado.
De acordo com a ANP, as mudanças no volume das reservas de petróleo e gás natural brasileiras são atribuídas à produção do ano, às reservas adicionais provenientes de novos projetos de desenvolvimento, declarações de comercialidade e revisões das reservas dos campos devido a diversos fatores técnicos e econômicos.
ANP
O geólogo e professor Jorge Picanço Figueiredo, do Instituto de Geociências e de Engenharia do Petróleo da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), observa que a posição do Brasil no cenário internacional em reservas provadas não é tão expressiva, comparada a países como Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Iraque, Irã e Venezuela. Ele destaca que o petróleo brasileiro é de boa qualidade.
Figueiredo ressalta que o Brasil produz 3,5 milhões de barris de petróleo por dia, o que totaliza 1,27 bilhão por ano. Essa produção excede significativamente o consumo nacional, que é de cerca de 2,5 milhões de barris por dia. O excedente de 1 milhão de barris diários é exportado para o mercado externo.
Ele também observa que o petróleo continuará sendo a principal fonte de energia nos próximos 50 anos, considerando que o mundo consome 105 milhões de barris por dia, enquanto o Brasil contribui com 3,4% da produção mundial.
(Com Agência Brasil).

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