Empresas
Petz e Cobasi assinam acordo definitivo de fusão
Nova companh9ia terá receita estimada em R$ 7 bi.
A Petz (PETZ3) anunciou dia 16 que concluiu o acordo definitivo para a fusão com a Cobasi, que estava em negociação desde abril. A nova companhia resultante da fusão terá uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um Ebitda de R$ 464 milhões.
De acordo com o comunicado, os acionistas da Petz possuirão 52,6% da nova empresa, enquanto os da Cobasi terão 47,4%. A Petz se tornará uma subsidiária da nova entidade, e seus acionistas receberão 0,009 ação da Cobasi para cada ação da Petz que possuírem.
Além disso, está previsto o pagamento de R$ 400 milhões em dinheiro aos acionistas da Petz, incluindo R$ 130 milhões em dividendos, que serão distribuídos antes do fechamento da transação.
A Petz também revelou avanços no plano de fusão, destacando a estimativa de um aumento de Ebitda entre R$ 220 milhões e R$ 330 milhões após a integração. O Citi considera essa estimativa ambiciosa, enquanto a XP vê as sinergias como relevantes, mas desafiadoras em um ambiente competitivo.
Em 2023, a Cobasi registrou um Ebitda de R$ 197 milhões e a Petz R$ 267 milhões, sendo que o valor incremental projetado pode representar até 70% do Ebitda combinado.
Petz (PETZ3)
Sergio Zimerman, CEO da Petz, destacou que a nova empresa seguirá estratégias de sinergias típicas de fusões no varejo, focando na redução de custos em áreas como estrutura das lojas, logística e mão de obra, além de aproveitar o maior poder de escala. Cerca de 85% das sinergias esperadas devem ser alcançadas em até três anos, com início entre 2025 e 2026.
Zimerman também afirmou que a nova empresa não aumentará preços para ampliar margens, optando por repassar os ganhos de custo ao cliente e buscando maior eficiência. O Cade deve avaliar se a fusão representa um risco para a concorrência, especialmente considerando que a nova rede terá cerca de 11% do mercado nacional, com maior participação em São Paulo.
Conselho
O novo conselho de administração será composto por uma maioria indicada pela família Nassar, fundadora da Cobasi, com cinco cadeiras, e quatro indicados por Zimerman. Ambos terão dois membros independentes cada. O acordo de acionistas entre Zimerman e os Nassar terá validade de oito anos, com os Nassar detendo 42,6% das ações e Zimerman, 16,5%. A gestora Kinea terá 3,7% de participação.
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