PIB do agronegócio do Brasil sobe 5,26% até junho

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil avançou 5,26% na primeira metade deste ano ante o mesmo período de 2019, com o setor primário se destacando com alta de quase 15% na mesma comparação, mostrou levantamento da CNA e do Cepea divulgado nesta quarta-feira.

O segmento pecuário também foi impulsionado pelas safras recordes de grãos e pelos preços elevados por um câmbio favorável a exportações.

Os serviços e insumos cresceram 4,76% e 1,69%, respectivamente, segundo o estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segmento mais afetado pela pandemia de coronavírus, a agroindústria foi o único a recuar no período, a 0,76%.

“Pelo lado da oferta, a volumosa safra de grãos tem garantido atendimento à crescente demanda internacional pelos produtos do agronegócio brasileiro, impulsionada também pela desvalorização do real frente ao dólar”, afirmaram em nota a CNA e o Cepea.

No primeiro semestre de 2020, o PIB agrícola disparou 2,93%, refletindo preços maiores de janeiro a junho de 2020, em relação a igual período de 2019.

O PIB da atividade pecuária teve alta de 10,41% no período, também impulsionado bons preços das proteínas animais.

“Embora alguns preços do ramo pecuário tenham sido pressionados para baixo diante da pandemia de Covid-19 em abril e maio, em junho houve recuperação”, destaca o levantamento.

O crescimento do PIB do agronegócio em junho foi de 1,31%, sexto mês consecutivo de alta, com expansão mensal de 3,02% no segmento primário, 1,15% em agrosserviços, 0,79% em insumos e 0,27% em agroindustrial.

“Apesar da pandemia –e de efeitos negativos significativos em diferentes momentos do ano, particularmente nos segmentos de hortícolas, flores e lácteos– os instrumentos de políticas públicas voltados à garantia de renda aos mais impactados pela crise, têm garantido também sustentação da demanda doméstica por produtos agrícolas e agroindustriais”.