Pix: bandidos estão de olho no seu dinheiro; saiba como se proteger

O universo dos golpes e fraudes é vasto e ligeiro, a ponto de surgir com novos mecanismos e táticas sempre que uma nova barreira ou obstáculo é imposto. E o Pix tem sido um alvo constante de investida dos criminosos.

Um novo golpe descoberto, recentemente, é capaz de redirecionar o dinheiro transferido via Pix para contas de criminosos. A nova estratégia tem sido apontada, inclusive, como uma evolução do esquema da “mão fantasma”.

Estamos falando de um vírus que frauda transações bancárias feitas pelo celular, de um jeito simples e automático. A empresa de segurança cibernética Kapersky já identificou 6,3 mil ataques desse tipo em 2023.

Como a fraude funciona?

Para o golpe ser aplicado, os criminosos precisam, primeiro, infectar o celular com o vírus bancário. Os bandidos costumam utilizar um aplicativo de jogos para disfarçar a inserção do vírus. Eles oferecem prêmios em troca de downloads e acabam enganando muitas pessoas.

Assim que instalado, o vírus solicita permissão de acessibilidade. Para convencer a vítima, ele chega a mostrar uma mensagem de atualização obrigatória do app. Isso é o suficiente para que ele comece a agir.

A partir de então, toda vez que um Pix for feito, o vírus bloqueia a tela na fase de processamento da transferência e clica em voltar, sem a pessoa perceber. Ao retornar para a etapa seguinte, ele muda o destinatário e o valor da transferência.

A troca é feita de maneira automática e tão rápida que não gera qualquer estranhamento. Quando a tela é redirecionada para a fase em que o correntista deve informar a senha, a alteração dos dados de quem vai receber o dinheiro já foi efetivada. Ao confirmar o processo, o dinheiro vai parar na conta dos bandidos.

Saiba como se proteger

O trojan bancário aparece no topo do ranking da Kapersky entre os mais bloqueados neste ano. Ao todo, foram 2,5 mil bloqueios feitos.

Para evitar ser vítima desse golpe, existem algumas medidas que podem ser adotadas no dia a dia, como: habilite a autenticação em dois fatores; nunca dê permissão de acessibilidade; só baixe aplicativos de loja oficial e use alguma solução de segurança (antivírus ou mecanismos de controle de acesso).