Finanças
Pix e Open Banking são algumas das tendências para sistema bancário em 2021
Digitalização de serviços tem alterado o comportamento dos usuários e diminuído a dependência dos bancos físicos.
O sistema bancário brasileiro está se atualizando e tornando digital, assim os hábitos dos usuários vão sendo modificados. Antes, como menciona o docente de finanças do Insper, Michael Viriato, as pessoas precisavam ir ao banco para ter acesso a crédito, fazer investimentos, e realizar pagamentos e transferências. Hoje, tudo é possível na palma da mão, reduzindo a dependência dos bancos físicos.
Os impactos disso são a alteração no formato bancário, com menos investimentos no atendimento presencial e mais na tecnologia. Não por acaso, a quantidade de agências bancárias está encolhendo. Segundo o Banco Central, entre 2016 e 2020, foram 3.647 agências fechadas em quatro instituições financeiras e apenas 113 agências abertas pelo Santander. Confira os bancos e quantidades de agências encerradas:
- Bradesco: 1.912 agências;
- Banco do Brasil: 1.070 agências;
- Itaú: 625 agências;
- Caixa Econômica Federal: 40 agências.
“Assim como muitos clientes deixaram de ir às agências, outros hábitos vão cair em desuso. Hoje, todo mundo quer um cartão black porque é sinônimo de status. As pessoas até se sujeitam a pagar taxas por isso. Mas, em um futuro breve, não vão mais usar o plástico… tudo será feito pelo celular. Vai acontecer com o cartão de crédito o mesmo que aconteceu com a linha telefônica fixa. Muitos consumidores vão abrir mão”, destaca Viriato.
De acordo com o líder da área financeira da consultoria Bip, Luiz Fabbrine, a ida ao caixa eletrônico para realização de saques também será atualizada para os saques em lojas varejistas ou até mesmo recebimento em carteiras digitais. Inclusive, o aumento da demanda por meios digitais de pagamento reduzirá as transações com dinheiro físico. “As inovações tecnológicas no sistema financeiro vão gerar uma forte aceleração do movimento de bancarização no Brasil”, complementa Fabbrine.
O economista e professor do Ibmec RJ, Filipe Pires, considera que as alterações ainda vão tardar para serem concretizadas. “Há uma aceleração da digitalização , mas ainda existem muitos gargalos. Somos um país de proporções continentais, com condição díspar social. O preço da internet móvel, por exemplo, ainda é caro. Então não posso dizer que as pessoas mais pobres vão adotar o Pix como principal meio para transferência. É algo que leva tempo”, frisa.
O Banco Central destaca que a digitalização tem capacidade de aumentar a inclusão financeira e a disponibilidade de soluções financeiras. “Nos últimos anos tem havido uma acelerada digitalização da economia, em especial em decorrência da popularização dos smartphones. Nesse cenário, o Banco Central vem trabalhando em várias medidas para a ampliação da oferta de serviços e produtos por meio digital e cada vez mais convenientes ao cidadão, mantendo, por outro, a segurança. Entre essas medidas estão inseridas o Pix e o Open Banking. Por sua vez, as instituições participantes do sistema financeiro vêm investindo na melhoria de seus aplicativos e no atendimento remoto”, salienta o BC por meio de nota.

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