Agronegócio
Plano Safra 2021/2022 registra aumento de 24% em contratações
Nos cinco primeiros meses, crédito rural somou cerca de R$ 131,4 bilhões
Nesta semana, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgou o balanço do crédito rural dos desembolsos de crédito rural nos cinco primeiros meses da safra 2021/2022 que foram de R$ 131,4 bilhões, registrando um aumento de 24% comparado ao mesmo período da safra anterior.
A liberação da contabilidade de custos atingiu R$ 74,6 bilhões, um aumento de 25%. Já os investimentos somaram R$ 35,2 bilhões, um aumento de 13%.
Cerca de R$13,5 bilhões são representados pelas contratações de comercialização, um aumento de 48%. Já os contratos de industrialização são de R$ 8,1 bilhão, registrando aumento de 23%.
Utilizados para apoiar, principalmente, os produtores de milho, soja e café, a Estocagem, o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) e o Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEE), são as principais modalidades de comercialização, representando 78% do valor contratado.
No desempenho do crédito rural regional, a quantidade de contratos na região Norte aumentou 26% e 45% no valor, com destaque para os estados de Tocantins, Pará e Acre. Apesar das variações positivas em todos os aspectos, a SPA destacou que em comparação com os dados divulgados nos últimos quatro balanços, a taxa de crescimento dos contratos de crédito rural tem desacelerado, especialmente nos negócios de investimento.
Por norma do Banco Central (Bacen), desde 30 de agosto, o cálculo dos pagamentos do crédito rural foi alterado e o cálculo dos contratos de negócios para os quais não houve liberação de recursos após dois dias úteis está suspenso. Porém, caso a liberação dos recursos seja realizada em até 365 dias após a contratação, o negócio poderá ser reintegrado ao Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor).
De acordo com Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, destaca que entre os meses de outubro e novembro há diferença no valor dos financiamentos na atual safra, onde houve uma redução decorrente do normativo do Bacen e pelo atraso na entrega de máquinas e equipamentos, principalmente no programa Prodecoop, que registrou queda de 98%, PCA com redução de 33% e Moderfrota com –31%.
Na análise dos contratos por fonte de recursos, os Recursos Obrigatórios (MCR 6-2), a Poupança Rural Controlada, a Poupança Rural Livre e a LCA continuam liderando o ranking, respondendo por 79% do valor do crédito rural. Por outro lado, as fontes do BNDES (-27%) e do FCO (-36%) diminuíram, o que pode ser explicado pela suspensão dos referidos contratos e negócios não publicados.
Ao final do mês de novembro, o saldo remanescente foi de 46% para o custeio, comercialização e industrialização e 52% para os investimentos, onde o Procap-Agro, Pronaf e Moderfrota tiveram grande destaque.
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