Plano ‘secreto’ quer acabar com os fios elétricos no Brasil

O Brasil enfrenta um desafio visual e de segurança com o emaranhado de fios elétricos que dominam as ruas das cidades. A ideia de substituir tais redes aéreas por sistemas subterrâneos tem ganhado mais espaço como solução viável. Contudo, a complexidade técnica e o custo elevado são obstáculos significativos que precisam ser superados.

Em bairros do Rio de Janeiro, como Botafogo, redes subterrâneas já foram instaladas, mas a expansão em âmbito nacional ainda é mínima. Isso levanta preocupações sobre a viabilidade de expandir tal infraestrutura para outras regiões.

Especialistas argumentam que a implementação deve ser estratégica e visar áreas mais densamente povoadas.

Fios elétricos geram alguns problemas para as cidades brasileiras – Imagem: Fadel Baskoro/Pexels

Qual plano pretende acabar com os fios elétricos?

As redes subterrâneas prometem várias melhorias, como proteção contra tempestades e acidentes, por exemplo, além de garantir um fornecimento de energia mais estável. A retirada dos fios aéreos também contribui para uma paisagem urbana mais organizada.

Apesar disso, o investimento inicial é significativamente mais alto do que o de redes aéreas, além de a manutenção ser mais complicada, pois exige escavações para os reparos. Decidir pela mudança para redes subterrâneas implica enfrentar tais desafios financeiros e práticos.

Estratégias para a fiação elétrica

A implantação das redes subterrâneas em locais com alta densidade populacional pode ser mais justificável, pois nessas regiões, os benefícios superam os custos. Uma estratégia seria focar em áreas específicas, a fim de assegurar que os custos recaiam principalmente sobre os usuários locais.

Enquanto a transição para redes subterrâneas não é totalmente viável, investir em redes aéreas inteligentes ainda surge como uma alternativa. Tais sistemas, equipados com sensores e inteligência artificial, conseguem monitorar e gerenciar o fornecimento de energia de maneira eficiente, o que reduz o impacto de falhas.

Logo, o futuro das redes elétricas brasileiras parece promissor com o equilíbrio entre as abordagens subterrâneas e as aéreas inteligentes. Tal combinação tende a resultar em uma infraestrutura mais robusta e confiável, que vai melhorar a qualidade de vida nas cidades.

Contudo, desafios econômicos e técnicos ainda precisam ser cuidadosamente geridos para que esse futuro se torne realidade.