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Economia

Pompeu diz que EUA e Brasil precisam diminuir necessidade de importações da China

Secretário de Estado dos EUA quer encontrar maneiras de aumentar o comércio entre os dois países.

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Os Estados Unidos e o Brasil precisam reduzir sua dependência de importações da China para sua própria conforme os países reforçam sua parceria comercial, disse nesta segunda-feira o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeu.

Pompeo destacou a importância de se estender os laços econômicos bilaterais tendo em vista o que chamou de “riscos enormes” que decorrem da forte participação da China em ambas as economias.

“Na medida em que podemos encontrar maneiras de aumentar o comércio entre nossos dois países, podemos… diminuir a dependência de cada uma de nossas duas nações de itens essenciais” saídos da China, disse ele em uma cúpula virtual sobre o aumento da cooperação EUA-Brasil visando a recuperação pós-pandemia.

“Cada um de nossos dois povos ficará mais seguro, e cada uma de nossas duas nações será muito mais próspera, seja daqui a dois, cinco ou 10 anos”, completou.

O governo Trump está atuando para fortificar o vínculo com o Brasil e oferecer um contrapeso à China, disposta a ganhar alguma vantagem no que considera uma nova competição pelo “Grande Poder”.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro está disposto a seguir o roteiro, mas se vê limitado pelo fato de a China ser a maior parceira comercial do Brasil, uma vez que importa a maior parte da soja e do minério de ferro brasileiro.

O governo norte-americano quer que o Brasil impeça empresas de telecomunicações brasileiras de comprar equipamentos de 5G da chinesa Huawei Technologies Co Ltd, assunto sobre o qual Bolsonaro ainda não tomou uma decisão.

O presidente brasileiro anunciou nesta segunda-feira três acordos com os EUA para garantir boas práticas comerciais e impedir a corrupção. O pacote reduzirá a burocracia e aprimorará o comércio e o investimento, segundo ele.

Além disso, Bolsonaro citou o ótimo momento nas relações entre Brasil e Estados Unidos e reiterou sua meta de fazer com que o país entre na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Sobre isso, Pompeu disse que Brasil está mais próximo mais de uma filiação à OCDE com apoio norte-americano. “Queremos que isto aconteça o mais rápido que pudermos”, garantiu.

Pompeu afirmou ainda que o Banco de Exportação e Importação dos EUA apoiará projetos de cerca de 450 milhões de dólares no Brasil em 2020, e a Corporação Financeira dos EUA para Desenvolvimento Internacional planeja investimentos de cerca de um bilhão de dólares em projetos no país.

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