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Economia

População idosa no Brasil já supera a juventude, segundo IBGE

Dados do instituto mostram marcos que se destacaram pela primeira vez.

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O Brasil está passando por uma transformação demográfica significativa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, pela primeira vez na história, a população idosa superou a de jovens entre 15 e 24 anos.

Esse marco reflete profundas mudanças no perfil etário do país e levanta questões cruciais sobre o futuro da previdência social, bem como sobre os desafios e oportunidades que o envelhecimento populacional traz para a sociedade.

A mudança no perfil demográfico

Entre 2000 e 2023, a proporção de brasileiros com 60 anos ou mais praticamente dobrou, saltando de 8,7% para 15,6%. Durante o mesmo período, a população jovem entre 15 e 24 anos caiu para 14,8% do total.

Esse fenômeno é impulsionado por dois fatores principais: a queda na taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida.

Enquanto o número médio de filhos por mulher passou de 2,32 em 2000 para 1,57 em 2023, a expectativa de vida aumentou de 71,1 anos para 76,4 anos, com previsão de alcançar 83,9 anos até 2070. Atualmente, o Brasil conta com 203 milhões de habitantes, dos quais 51,5% são mulheres.

A queda na taxa de fecundidade é o motivo pelo qual a quantidade de pessoas no Brasil vai começar a cair em 2042.

Tal transformação demográfica coincide com uma mudança no perfil etário do país, refletindo um aumento na mediana de idade, que passou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022.

Quantidade de brasileiros pode começar a diminuir a partir de 2042 – Imagem: IBGE/Reprodução

Também de acordo com os dados recentes do Censo, 1,3 milhão de quilombolas e 1,7 milhão de indígenas foram reconhecidos formalmente pela primeira vez, refletindo a riqueza cultural e as nuances do país.

O impacto no sistema previdenciário

O sistema previdenciário brasileiro, baseado em um modelo de repartição, enfrenta dificuldades financeiras com o aumento da proporção de aposentados em relação aos trabalhadores ativos.

Com um número crescente de idosos dependendo de benefícios previdenciários e menos jovens entrando no mercado de trabalho, a sustentabilidade do sistema fica ameaçada.

Medidas como o aumento da idade mínima para aposentadoria e a revisão de benefícios estão em discussão.

Essa nova realidade exige uma reflexão sobre a necessidade de ajustes para garantir a continuidade do sistema, considerando que mais idosos vão demandar cuidados médicos e sociais diferenciados.

Diante desse panorama, a previdência privada surge como uma solução complementar viável. Diferentemente da previdência pública, o sistema privado opera sobre um modelo de capitalização, no qual cada indivíduo é responsável por acumular seus próprios recursos ao longo da vida.

Tal modalidade oferece maior flexibilidade, permitindo escolher entre diversos tipos de fundos, além de proporcionar vantagens tributárias que podem beneficiar trabalhadores de diferentes faixas etárias.

Os planos de previdência privada permitem aportes variados, permitindo que jovens desenvolvam disciplina financeira e que adultos se planejem corretamente para a aposentadoria.

Essa flexibilidade é fundamental em um cenário onde a vida após a aposentadoria se torna cada vez mais prolongada.

Além das questões relacionadas à previdência, o envelhecimento da população traz à tona a importância de políticas públicas que assegurem o acesso a serviços de saúde, moradia adequada e inclusão social.

A infraestrutura urbana precisa se adaptar para atender as necessidades de uma população mais idosa, que requer cuidados específicos e acessibilidade.

Desse modo, olhando por um prisma mais amplo, a recente atualização do Censo 2022 revelou dados sobre a diversidade social brasileira.

Tais informações são cruciais para que o Estado elabore estratégias de inclusão e desenvolvimento social, assegurando que novas políticas respondam às realidades dos diversos grupos que compõem a nação.

*Com informações do G1.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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