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Economia

Por que você está pagando mais caro no azeite? A razão vai te surpreender

Cifras elevadas do azeite preocupam os consumidores e, ao que parece, não há previsão de melhoras.

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Azeite

O azeite de oliva é um item indispensável para a culinária de diversos países ao redor do mundo, e aqui no Brasil não poderia ser diferente. Diversos pratos diferentes utilizam essa substância e muita gente não abre mão deste insumo na dieta.

Entretanto, existe uma situação que está causando transtornos tanto para o bolso do consumidor, como para a cozinha: é que o tão cobiçado produto sofreu um grande aumento de preço. Nos mercados e comércios, já é possível encontrar embalagens com 500 ml sendo comercializadas a R$ 30 e até R$ 40, a depender da marca.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Horus, uma empresa de inteligência de mercado, o preço médio cobrado nos supermercados brasileiros estava na casa dos R$ 20 em julho de 2021, mas, neste ano de 2023, já beira aos R$ 30.

Em números exatos, estamos enfrentando uma alta de 50% em um período de somente 2 anos, se compararmos a uma inflação acumulada de 15% no mesmo tempo, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Por que isso está acontecendo?

Segundo especialistas, essas altas dos valores se devem principalmente a um problema climático que afetou as safras da Espanha, Itália, Grécia e Portugal. Esses países juntos são responsáveis pela fabricação de mais de 66% da produção global de azeite de oliva, e qualquer problema que os afete compromete o comércio no mundo todo.

Esses dados são do IOC (Conselho Oleícola Internacional), uma organização composta pelos principais produtores do item. Inclusive, nessas localidades, os montantes também estão bastante inflacionados, e a população encontra-se muito insatisfeita.

Para explicar a alta nos preços do azeite é preciso voltar à safra passada“, diz Kyle Holland, analista de óleos vegetais da Mintec, à BBC News Brasil. Holland relata:

“Os principais países exportadores de azeite tiveram um período de crescimento [das azeitonas, os frutos das oliveiras] muito, muito seco. As árvores não tiveram umidade suficiente e muitas delas não produziram nenhum fruto.”

Conforme o especialista, a Espanha, que produzia entre 1,3 e 1,5 milhão de toneladas métricas anuais, na colheita de 2022/2023, conseguiu obter somente 610 mil toneladas de óleo. Isso representa uma queda deveras expressiva se considerarmos os resultados passados.

Por fim, a situação nas terras espanholas tornou-se tão séria que procissões religiosas rogando por chuva estão sendo realizadas em algumas cidades. Isso não acontecia desde 1949, conforme relatam os veículos de imprensa locais.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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