Por que você sente (ou não) o cheiro de barata? Resposta pode estar na sua genética

Sim, você leu certo. Baratas, esses bichinhos que muita gente não gosta nem de ver por perto, exalam um cheiro que nem todo mundo consegue detectar. A verdade é que essa capacidade de sentir o odor das baratas é uma questão genética, uma espécie de loteria do DNA que faz com que apenas algumas pessoas tenham essa percepção olfativa tão peculiar.

Como funciona essa percepção?

Baratas se comunicam através de feromônios, que são substâncias químicas como a trimetilamina (TMA), responsáveis por esse cheiro característico. No entanto, só é possível sentir esse aroma se você tiver um gene específico ativo, que faz com que seu corpo reconheça e reaja ao cheiro da TMA. Se por acaso esse gene não estiver ativo em você, parabéns (ou não), você não sentirá nada.

Mas que cheiro é esse?

Descrever o cheiro de uma barata não é a tarefa mais fácil do mundo. Quem consegue sentir, relata algo entre mofado e oleoso, mas isso pode variar muito. O ambiente, o que a barata comeu e até mesmo a espécie da barata podem influenciar no “perfume” que ela deixa por onde passa.

Não são só as baratas

Interessante é que as baratas não estão sozinhas nessa de ter cheiros únicos. As formigas, por exemplo, também podem exalar aromas distintos. Algumas podem lembrar citronela, outras até mesmo chocolate! Porém, geralmente é preciso uma grande quantidade delas ou, infelizmente, esmagar uma para realmente captar esses odores.

Por que isso acontece?

A ciência por trás dessa diferença na percepção de cheiros é bem interessante. Um estudo publicado em 2019 mostrou que as pessoas não sentem os cheiros da mesma maneira.

Com mais de 400 receptores olfativos, as variações genéticas entre indivíduos fazem com que alguns sejam mais sensíveis a certos odores do que outros. Ou seja, o mundo é cheio de cheiros que nem todos nós podemos perceber.