Poupança registra saques líquidos de R$ 3,5 bi em julho

A caderneta de poupança voltou a registrar saques líquidos em julho depois de ter fechado junho com depósitos.

Levantamento do Banco Central (BC) aponta que a aplicação financeira mais procurada pelos brasileiros registrou retirada líquida de R$ 3,581 bilhões no mês passado, após depósito líquido de R$ 2,595 bilhões em junho, quando interrompeu cinco meses seguidos de saques.

Também traz que em julho do ano passado houve saques líquidos de R$ 12,663 bilhões.

E acrescenta que no mês passado os saques superaram os depósitos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em R$ 3,702 bilhões. Já na poupança rural, os depósitos líquidos foram de R$ 120,916 milhões.

E acrescenta que o movimento de saques visto neste ano ocorre em meio a um cenário de juros elevados, que reduz a competitividade da poupança frente a outros investimentos.

Na semana passada, o Banco Central deu início a um ciclo de afrouxamento monetário ao cortar a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25%, indicando novas reduções similares à frente.

Cartão de crédito

Levantamento do Valor Econômico destaca que em meio a discussões no governo e no Congresso para baratear o rotativo do cartão de crédito, linha mais cara do sistema financeiro, os dirigentes dos maiores bancos levaram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um estudo para rechaçar a proposta de limitar o juro na modalidade, nos moldes do que foi feito com o cheque especial.

De acordo com o periódico, se a taxa for tabelada, o impacto pode chegar a R$ 350 bilhões no consumo das famílias, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, ao Valor. As compras no cartão de crédito respondem por 40% do consumo brasileiro, segundo Sidney, um volume anual de R$ 2 trilhões.