Economia
Valor ‘salgado’ de veículos leva financeiras à ampliação de prazo de financiamento
Alta dos juros sobre empréstimos reforçou preferência de consumidor pela compra à vista
Mais caros e com prazos mais dilatados, conforme o ‘bolso’ do consumidor. Esse é o perfil das condições de financiamento ‘edição 2022’, para quem quiser assumir um financiamento de veículos novos, aponta a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), ao admitir que a mudança implica custo final maior do empréstimo.
Alta de 10,6% – Segundo cálculos do Banco Central (BC), as vendas do setor alcançaram R$ 238,9 bilhões em novembro último, o que corresponde a uma alta de 10,6%, no comparativo com igual mês de 2020. Para o presidente da Anef, Paulo Noman, esse resultado poderia ser ‘até maior’, caso não tivessem ocorrido problemas de produção para as montadoras, sem contar a elevação dos juros pelo governo, a título de conter a inflação.
Prazo aumenta – Ao mesmo tempo, o prazo médio para os financiamentos, que há um ano era de 45 meses, passou a ser de 46,9 meses, no terceiro trimestre de 2021 (3T21). Na raiz do problema, o desajuste global das cadeias de produção (choque de oferta) decorrente da crise pandêmica, que reduziu drasticamente a oferta de chips e demais componentes eletrônicos essenciais à fabricação dos veículos novos, o que acabou colocando em primeiro plano os seminovos.
72 meses – Embora o prazo máximo das operações seja de 60 meses, atualmente, as financeiras já trabalham com períodos mais elásticos, de até 72 meses, mas também admitem planos considerados ‘irregulares’, que são aqueles em que a prestação inicial é mais baixa, e o acerto da diferença seja feito ao final do contrato. Para se ter uma ideia da evolução dos juros, estes subiram de 19% ao ano (1,46% ao mês) há um ano, para os atuais 27,5% ao ano (2.05% ao mês).
À vista cresce – Outra mudança de comportamento é o avanço da participação das compras à vista no total das vendas, que aumento de 48% (média histórica) para 53% hoje, em razão da crise viral. Para Noman, a pandemia permitiu que uma parcela dos consumidores formasse uma poupança maior ao longo de 2020, período em que as restrições de mobilidade eram altas. Ao mesmo tempo, as montadoras deram prioridade à produção de veículos de maior valor, de maneira a atender uma faixa de consumidores que prescinde de financiamentos. e
Menor restrição – A expectativa do diretor da Santander Financiamentos, André Novaes, é de que a elevação dos juros não restrinja a concessão de novos financiamentos, cujas taxas atualmente estão próximas dos níveis pré-pandêmicos, em torno de 19,4% ao ano. “Em um ano e meio, o preço do automóvel subiu entre 30% e 40%, o que causa um efeito muito maior (para a decisão de compra) do que o efeito da alta de juros”, afirmou.
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