Economia
Prêmios de Treasuries e economia fraca dos EUA determinam queda de juros futuros
Na ponta ‘curta’, taxa para 2025 caiu para 10,835%, enquanto na ‘longa’, ela desceu a 11,16%
A forte movimentação do mercado pela retirada de prêmios dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), acionada por sinais claros de desaceleração da economia ianque, abriu margem para que a descompressão na curva de juros doméstica, o que levou à forte queda das taxas futuras, na sessão desta sexta-feira (3), com reflexos, inclusive, na curva de juro real.
Pela conjunção de tais fatores, na ‘ponta curta’, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 recuou de 10,955% no ajuste anterior para 10,835%; a do DI para janeiro de 2026 desceu de 10,84% para 10,60%; a do contrato para janeiro de 2027 encolheu de 11,025% para 10,775%, enquanto na ‘ponta longa’, a do DI para janeiro de 2029 baixava de 11,39% para 11,16%.
No front interno, também influíram nos percentuais a piora da percepção fiscal, a ponto de as taxas, no fim do dia, cederem mais de 20 pontos-base (0,20 ponto percentual ou 0,2 p.p.) a partir de vencimentos intermediários em relação aos últimos ajustes, como reflexo do recuo dos rendimentos dos títulos dos Treasuries de longo prazo e retração do câmbio.
Em razão de indícios de desaceleração do mercado de trabalho e do enfraquecimento do setor de serviços estadunidenses, as apostas de nova alta de juros, por parte do Federal Reserve (Fed), foram ‘suavizadas’, fortalecendo aquelas em favor da queda das taxas, em meados do ano que vem.
Mesmo ‘imprensada’ entre o feriado de Finados e o final de semana, a sessão de hoje (3) apresentou giro ‘robusto’, superior a R$ 1 milhão no contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025, cuja taxa no fechamento da sessão era de 10,835%, de 10,957% na quarta-feira (1º), quando a do DI para janeiro de 2026 caiu de 10,84% para 10,60% e a do DI para janeiro de 2027, de 11,02% para 10,77%. O DI para janeiro de 2029 fechou com taxa de 11,16%, de 11,39%, na véspera.
A reboque do tom hawkish adotado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC), ao cunhar o termo ‘ambiente externo adverso’, fazendo menção implícita às taxas longas ianques e ao alívio nos yelds (taxas de rendimento dos Treasuries), fatores que resultaram na queda abrupta dos prêmios de risco nas taxas locais. Desse modo, os níveis da curva dos juros nos EUA ganharam relevância no que se refere às futuras apostas de Selic terminal.
Nessa progressão, no fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos variava 4,52%, de 4,76% na quarta-feira e 4,67% ontem. Como destaque do dia, o payroll* de outubro revelou que foram criadas 150 mil vagas, abaixo do consenso de estimativas de 183 mil vagas. Já a taxa de desemprego ianque cresceu de 3,8% para 3,9%, frustrando a previsão que apontava estabilidade, ao passo que os salários/hora aumentaram menos do que o esperado.
(*) Relatório mensal nos EUA que divulga a quantidade de empregos criados ou perdidos no setor não agrícola. Fonte: Toro Investimentos Blog.
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