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Economia

Presidente do BC confirma mais dois cortes de 0,5 p.p. na Selic

Trata-se da Selic.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou ontem que a projeção do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir os juros em 0,5 ponto percentual se aplica exclusivamente às duas próximas reuniões do colegiado, sem indicar cortes subsequentes.

As reuniões do Copom estão programadas para janeiro e março do próximo ano, com a seguinte agendada para maio. A taxa Selic atual é de 11,75% ao ano, após quatro reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual. No último corte, realizado neste mês, o comitê comunicou a intenção de manter o ritmo de redução “nas próximas reuniões”, sem especificar a duração do ciclo de redução.

Ao ser questionado, Campos Neto esclareceu que o Copom optou por manter um guia – uma orientação para o futuro – de curto prazo em suas comunicações, limitando-se às próximas duas reuniões.

“É um horizonte compatível com nossas incertezas e nossa visibilidade como política monetária”, afirmou Campos Neto. Ele destacou que essa abordagem visa conduzir a política monetária com o mínimo de custo e ruído possível.

Presidente do BC

O presidente do BC ressalvou que, mesmo com a indicação de corte nas próximas duas reuniões, isso pode ser reavaliado a cada encontro, sem garantias absolutas. Sobre uma possível flexibilização da meta fiscal do governo afetar o ritmo de queda de juros, Campos Neto mencionou que essa relação existe, mas não é mecânica.

Ele apontou outros fatores, como a aprovação de reformas, incluindo a tributária, que compensam um eventual aumento nos gastos estatais. Campos Neto parabenizou o governo pela aprovação da reforma tributária e destacou que a agenda reformista compensou a pressão por mais gastos, mantendo as expectativas de inflação estáveis.

O Banco Central divulgou o Relatório Trimestral de Inflação, elevando ligeiramente a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2,9% para 3%. O relatório também indicou que a probabilidade de a inflação de 2023 ultrapassar a meta (4,75%) neste ano diminuiu de 67% para 17%.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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