Economia
‘Prévia do PIB’, IBC-BR cai 0,77% em agosto, no comparativo mensal
Queda decorre da ‘dissipação’ dos efeitos positivos do Agro e de incentivos fiscais
Sinalização de que a economia brasileira ‘perdeu ímpeto’ no terceiro trimestre do ano (3T23), o IBC-BR – indicador da atividade econômica do Banco Central (BC), também chamado de prévia do PIB – registrou recuo de 0,77% em agosto último, ante o mês anterior, divulgou, nesta sexta-feira (20) o Banco Central (BC), ao ressalvar, porém, que o desempenho negativo não deverá afetar o crescimento do PIB este ano.
Na avaliação de economistas, o retrocesso econômico atesta que os efeitos positivos decorrentes da expansão do setor agrícola e de incentivos fiscais já teriam se dissipado. Além disso, também reforçam o viés negativo as quedas dos setores de serviços (-0,9%) e do varejo (-0,2%).
Ao admitir que o ‘tombo’ da atividade econômica em agosto superou sua expectativa – de um recuo de 0,30% – o economista-chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes, avalia que o declínio pode significar que o ponto de inflexão (baixa) na atividade foi atingido. Levando em conta que o mercado de trabalho continua ‘aquecido’, Nunes entende que a atividade poderá, mais à frente, apresentar ‘alguma resiliência’.
Ainda sobre desempenho da economia em agosto, o economista do Sicredi entende que esse mês foi marcado por dados mistos no consumo das famílias, a exemplo da queda mensal de 3,8% dos serviços de alojamento e alimentação e de lazer em geral, que retrocederam ao nível de abril, ao passo que as vendas de bens como alimentos e combustível cresceram 0,9%.
“Essa composição pode indicar que, com o menor ritmo de elevação da renda, as famílias estão priorizando gastos de maior essencialidade, em contraposição a outros considerados mais supérfluos. Esse movimento também pode refletir a dissipação dos efeitos do impulso de demanda do 2º trimestre”, assinala Nunes, ao revisar para baixo sua projeção inicial de crescimento do PIB no 3T23 (a princípio de 0,1%), para um resultado ‘ligeiramente negativo’.
Entendimento semelhante manifestou o economista da XP, Rodolfo Margato, para quem os indicadores recentes da atividade econômica atestam um quadro de estagnação do PIB no segundo semestre (2S23). “A dissipação do choque positivo da agricultura, as condições de crédito restritivas e certa acomodação no mercado de trabalho são alguns dos principais fatores por trás deste prognóstico”, comentou.
Segundo estimativa da XP, a ‘prévia do PIB’ deverá cair 0,3% no 3T23, ante o trimestre anterior (2T23), além de apresentar uma queda de 1,8% para igual trimestre do ano passado. No entanto, a projeção de avanço de 2,8% do PIB para este ano foi mantida pela consultoria.

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