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Economia

‘Prévia do PIB’, IBC-Br sobe 0,44% em julho, ante junho

No comparativo entre trimestres (2T23/1T23), porém, indicador aponta queda de 0,97%

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Após apresentar retração em maio, em segunda alta consecutiva, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – também chamado de ‘prévia do PIB’ – subiu 0,44% em julho, no comparativo mensal, atingindo 150,94 pontos, considerando dados dessazonalizados (ajustados para o período), informou, nesta terça-feira (19) o Banco Central (BC).

No comparativo anual, indicador apontou crescimento de 0,66% e de 3,12% em 12 meses. A elevação de julho, porém, é inferior à exibida em junho, que avançou 0,63%. Pelo critério do trimestre móvel (maio, junho e julho), houve queda de 0,97%, ante o trimestre anterior, mas apresenta alta de 3,4%, no confronto anual, entre iguais trimestres (2T23/2T22). No ano passado, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, atingindo R$ 9,9 trilhões.

Além de servir de referência para avaliação do ritmo da economia brasileira, a cada mês, o IBC-Br também é um fator que influi na decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) em relação à taxa básica de juros (Selic), o que deve ocorrer amanhã (20), quando termina a segunda reunião do colegiado, com essa finalidade.

Em razão do viés descendente das taxas inflacionárias, a expectativa predominante do mercado é de que a autoridade monetária deverá ‘repetir a dose’ do mês passado, reduzindo, ao menos, em meio ponto percentual (0,5 p.p.) a Selic, hoje em 13,25%.

Antes da queda de agosto, a última vez que o BC havia reduzido a taxa básica foi dois anos antes, em igual mês de 2020, indo de 2,25% ao ano a 2% ao ano, como reflexo da forte retração da economia decorrente da crise pandêmica. Deste então, porém, o Copom elevou a Selic por 12 vezes seguidas, a partir de março de 2021 (em meio à elevação generalizada de preços básicos, como alimentos, energia e combustíveis), até chegar, em agosto de 2022, ao patamar de 13,75% ao ano, mantido pelo colegiado nas sete reuniões subsequentes.

Diferentemente do IBGE, o cálculo do BC abrange estimativas para o nível de atividade dos setores de agropecuária, indústria e de serviços, além do volume de impostos, embora desconsidere a questão da demanda. Para o economista da PUC-SP, André Perfeito, “este resultado sintetiza os indicadores de atividade do IBGE: a indústria havia caído 0,6%, mas serviços avançou 0,5% e varejo 0,7%”.

Ao contrário do entendimento comum de mercado, o BC avalia que o IBC-Br, antes que uma ‘prévia do PIB’, constitui um elemento para “elaboração de estratégia da política monetária do país”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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