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Principais bancos brasileiros encerram 1.774 pontos de atendimento

Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa fecharam 1.774 agências e postos em 2024. Entenda por quê.

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Nos últimos anos, o cenário bancário brasileiro tem passado por uma transformação silenciosa, mas significativa. Em 2024, os cinco principais bancos do país — Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander — encerraram 1.774 pontos de atendimento, entre agências e postos.

O número reflete uma tendência que se intensificou desde 2015, quando o país registrou o pico de 23.154 agências. Desde então, houve uma redução de quase 30%.

Esse movimento não é isolado. O relatório do UBS BB aponta que o Bradesco liderou os cortes, com o fechamento de 1.358 unidades em um ano.

A decisão está alinhada a uma estratégia de redução de custos e digitalização dos serviços, que vem se consolidando entre os grandes bancos. Além das agências, há também o encolhimento nos postos de atendimento (PAs), que hoje somam 11.537 em todo o país.

Por que os bancos estão fechando agências?

Com a digitalização do setor, instituições bancárias fecham unidades. (Foto: DAPA Images/Canva Pro)

A mudança é impulsionada por diversos fatores, sendo um dos principais o avanço da tecnologia, que permitiu que muitas transações fossem feitas digitalmente, sem a necessidade de ir até uma agência física. Além disso, o custo de manter uma estrutura física completa é alto e, frequentemente, não compensa diante da queda no volume de atendimentos presenciais.

Outro ponto é o surgimento das chamadas “agências enxutas”, que operam como postos mais simples, sem tesouraria, cofres ou caixa. Essa alternativa reduz gastos e, ao mesmo tempo, mantém algum nível de suporte físico em regiões estratégicas.

Para os bancos, a lógica é clara: manter estruturas apenas onde há demanda real, enquanto o restante da operação migra para o ambiente digital. No entanto, para muitos clientes, especialmente aqueles que vivem em cidades pequenas ou têm pouca familiaridade com a tecnologia, essa mudança pode representar uma barreira no acesso a serviços essenciais.

O que considerar antes de escolher um banco hoje?

Diante desse novo panorama, quem está abrindo uma conta ou avaliando migrar de instituição precisa ponderar alguns fatores. Contas digitais, por exemplo, surgem como uma opção cada vez mais popular — com vantagens como ausência de tarifas, facilidade de abertura e suporte via aplicativo.

Por outro lado, elas também têm limitações. Em geral, não oferecem atendimento presencial, o que pode ser um problema para quem prefere resolver questões diretamente com um gerente ou precisa de serviços como saques em grande volume.

Já os bancos tradicionais, mesmo em processo de enxugamento, ainda mantêm redes físicas em grandes centros e oferecem maior diversidade de produtos. A decisão, portanto, deve levar em conta o perfil do cliente, suas necessidades no dia a dia e o nível de autonomia que ele possui no uso da tecnologia.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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