Privatização da Sabesp passa Alesp após sessão conturbada

Ontem, os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovaram o projeto de privatização da Sabesp (SBSP3), em uma sessão tumultuada que resultou na suspensão temporária das discussões.

O texto recebeu 62 votos favoráveis e apenas um contrário, atingindo a maioria simples necessária para aprovação. Os membros da oposição abandonaram a sessão após um conflito entre a Polícia Militar e manifestantes, que incluiu o uso de spray de pimenta no plenário.

Antes da votação, manifestantes nas galerias tentaram invadir o plenário, levando o presidente da Casa, André do Prado (PL), a solicitar reforço na segurança. A polícia enfrentou dificuldades para conter os manifestantes, resultando em confrontos e detenções durante o tumulto.

Após uma interrupção de 1 hora e 32 minutos, com esvaziamento do plenário, a sessão foi retomada por volta das 20h. Deputados de partidos como PT, PC do B, PSOL, PSB, PDT e Rede não retornaram ao plenário, alegando condições adversas.

A ação SBSP3 encerrou o dia 6 cotada a R$ 68,99.

Sabesp (SBSP3)

A mudança no controle acionário da gigante de saneamento já enfrenta ações judiciais em São Paulo, com deputados contrários à privatização anunciando a intenção de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O projeto recebeu 26 emendas dos deputados, abordando questões como a redução das tarifas, a estabilidade dos servidores após a privatização e a inclusão de representantes do Legislativo no Conselho Orientador do Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo (Fausp).

Os votos a favor da privatização vieram dos deputados dos partidos que compõem a base do governo Tarcísio de Freitas, como Republicanos, Partido Liberal (PL), União Brasil, PSDB, PSD, Podemos, PP, Solidariedade e Novo.

A companhia

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp é uma empresa brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico no Estado de São Paulo. Seu principal acionista é o Governo do Estado de São Paulo, que controla a gestão da companhia.