Produção da indústria brasileira recua 1,6% de dezembro para janeiro

A produção da indústria brasileira teve uma queda de 1,6% em janeiro de 2024 em comparação com dezembro de 2023, marcando a maior redução desde abril de 2021, quando registrou uma diminuição de 1,9%. Esses dados são provenientes da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Rio de Janeiro.

O resultado de janeiro deste ano quebra uma sequência de dois meses consecutivos de crescimento: dezembro (1,6%) e novembro (0,6%). No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um desempenho positivo, com um aumento de 3,6%. Esta é a sexta alta consecutiva ao se comparar com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, o setor industrial registrou um crescimento de 0,4%.

Apesar da queda em janeiro, o gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que há um padrão geral de taxas positivas, “abrangendo 18 dos 25 ramos industriais pesquisados”. Isso sugere que poucos setores tiveram influência negativa no resultado final do mês.

Produção da indústria brasileira

Os principais destaques negativos foram observados nas indústrias extrativas (-6,3%) e nos produtos alimentícios (-5%).

“A atividade extrativa foi afetada pela menor extração de petróleo e minério de ferro, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, durante os quais registrou um aumento de 6,7%. O segundo setor teve como principal influência negativa a redução na produção de açúcar, eliminando parte da expansão de 11,3% acumulada entre julho e dezembro”, explica Macedo.

Outras contribuições negativas vieram da fabricação de artigos do vestuário e acessórios (-6,4%) e de produtos têxteis (-4,2%).

Entre os dezoito setores que apresentaram aumento na produção, os produtos químicos (7,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%) e máquinas e equipamentos (6,4%) foram os que mais impactaram positivamente em janeiro de 2024.

(Com Agência Brasil).